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A volta do La Niña: onde chove e o que o fenômeno climático representa para o Brasil?

10 out 2025, 11:41 - atualizado em 10 out 2025, 11:41
la niña clima chuvas (1)
(iStock.com/Rizky Ade Jonathan)

A Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) confirmou nesta semana que o planeta já enfrenta um La Niña, que deve perdurar até o primeiro trimestre de 2026. 

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O La Niña é caracterizado pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na faixa equatorial, o que reduz a ocorrência de ondas de calor.

Desta vez, a projeção indica um La Niña de fraca intensidade, o que não deve representar um risco de estiagem severa. A notícia pode ser positiva para os gaúchos, já que um “La Niña clássico” é caracterizado por um verão com chuvas acima da média no Norte e Nordeste, enquanto o Sul do Brasil, em especial o Rio Grande do Sul, tende a enfrentar riscos de secas.

“Os modelos de previsão de longo prazo não apontam nada muto grave relacionado à seca para o sul do Brasil. Claro que podemos ver algumas janelas de tempo mais firme, de ausência de chuva, mas não é isso que vai determinar a safra para o Sul do Brasil”, explica a meteorologista e sócia-executiva da consultoria meteorológica Nottus, Desirée Brandt.

Como fica o tempo no Brasil com o La Niña?

Para janeiro, conforme os modelos climáticos, a expectativa é de chuvas mais concentradas no Sudeste e Centro-Oeste, com as chuvas no Sul do Brasil mais condensadas na região da Campanha Gaúcha. 

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“Nas áreas mais ao centro e norte do RS há uma expectativa de chuva acima da média, sem preocupações por enquanto. Agora, para o eixo Sudeste e Norte do Brasil, é preciso ficar atento para o excesso de chuvas, já que os modelos climáticos apontam isso, o que abre espaço para um risco de invernadas (chuvas e ventos)”. 

As invernadas podem trazer dificuldades no manejo e colheita de algumas culturas, além do risco do surgimento de doenças pelo excesso de umidade e pouca luminosidade.

“Por ser um La Ninã de fraca intensidade, não é ele que vai ditar o regime de chuvas no Brasil para safra verão”, salienta. 

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.