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Aberdeen aposta em ações de emergentes com estratégia digital

21 jul 2020, 16:10 - atualizado em 21 jul 2020, 16:10
Prestígio: Magazine Luiza é uma das empresas no radar dos estrangeiros (Imagem: Linkedin/Magazine Luiza)

Yum China, MercadoLibre (MELI34) e Tencent estão entre as principais escolhas de ações da Vontobel Asset Management e da Aberdeen Standard Investments, com a aposta de que essas empresas sairão da pandemia com mais clientes digitais e menos concorrência.

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“São realmente boas notícias para essas empresas”, disse Jin Zhang, que administra ações de mercados emergentes na Vontobel Quality Growth, em Nova York, o braço de renda variável de US$ 32 bilhões da Vontobel Asset Management. A pandemia facilitou a experiência de consumidores com serviços digitais e de entrega, disse. “Após tentar, acho que você se torna um cliente.”

As ações da argentina MercadoLibre subiram 79% desde janeiro, enquanto os papéis da chinesa Tencent avançaram quase 44%. A Yum China subiu 11% no mesmo período, em comparação com a queda de 4,5% do índice MSCI de mercados emergentes.

Empresas de comércio eletrônico, como MercadoLibre e Magazine Luiza (MGLU3), conquistaram clientes digitais mais rapidamente neste ano em meio às quarentenas que mantiveram consumidores em casa.

Mesmo que apenas 25% dos novos clientes digitais permaneçam, educação virtual, entrega de comida e outras empresas digitais poderão se beneficiar de um impulso duradouro, disse Zhang.

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Mercado bilionário

A Yum China, que administra as franquias KFC e Pizza Hut na segunda maior economia do mundo, também conseguiu expandir a participação de mercado com seu alcance digital e apostando nas entregas em meio às dificuldades de restaurantes menores, disse Nick Robinson, que administra cerca de US$ 30 bilhões em ações de países em desenvolvimento na Aberdeen Standard Investments, em Londres.

Ele gosta do MercadoLibre e da plataforma de compras online chinesa Meituan Dianping, que também se beneficiou da mudança de hábitos dos consumidores. Já a Tencent aproveitou a crise para apostar em games e reforçar as unidades de serviços financeiros e de música.

“As crises tendem a acelerar tendências que já estavam no mercado”, disse Robinson.

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bloomberg@moneytimes.com.br