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Abics e Ital querem mostrar que café solúvel não será mais tipo ‘macarrão instantâneo’

14 dez 2021, 14:31 - atualizado em 14 dez 2021, 14:59
Café
Café de “menor” padrão, usado no solúvel, vai ter classificação geral de qualidade (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Quem pensa em café solúvel, invariavelmente pensa em uma bebida em que o lado sensorial da qualidade é desprezado. Vale resolver a vontade, instantaneamente.

É como se fosse macarrão instantâneo, feito para matar a fome, de forma rápida, e ninguém liga se é ruim ou muito ruim.

Na Europa, particularmente, não é bem assim. O café robusta, tipo usado diretamente, é comprado no Vietnã e no Brasil para produção com pegada de qualidade.

Daí que, agora, a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), fez parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), do sistema do agronegócio do governo paulista, para mudar essa lógica.

O produto brasileiro exportado, para levar a marca dos compradores internacionais – modelo que ainda prevalece no setor, inclusive nas exportações ‘sem marca’ do grão tipo arábica comum ou especial -, vai sair com classificações de qualidade.

“Convencional, diferenciados e de excelência”, em metodologia desenvolvida para essa finalidade, juntando, ainda, indicadores tradicionais de análise do café, como torra, por exemplo.

Pode funcionar nos grandes importadores mundiais, que respondem por 27% de todo café consumido no mundo.

No Brasil não deverá pegar essa mudança mercadológica.

Porque, independentemente de que a grande maioria do café de coador ou expresso que se toma ser de baixa qualidade, o paladar brasileiro não está preparado para o solúvel em qualquer plano.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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