Economia

Para construtoras, juros altos podem ‘comprometer sobrevivência’ do setor produtivo; varejo pede ‘política mais ampla’

11 dez 2024, 19:45 - atualizado em 11 dez 2024, 19:45
ipca inflação selic
(Imagem: Getty Images)

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) se pronunciou nesta quarta-feira (11) após o anúncio de aumento da taxa básica de juros, pontuando que a alta de 1 ponto percentual intensifica os desafios enfrentados pela economia brasileiro e dificultam investimentos.

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O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa Selic para 12,25% ao ano, em decisão unânime, e antecipou que mais duas altas das mesma magnitude devem ocorrer nas próximas reuniões, em janeiro e março de 2025.

‘’Os juros elevados restringem o acesso ao crédito, dificultam investimentos e ampliam as despesas financeiras de famílias e empresas, com efeitos profundos em diversos setores produtivos do país, comprometendo sua sobrevivência’’, disse a Associação.

A decisão vem no momento em que a inflação em 12 meses supera o teto da banda de tolerância de 1,5 ponto percentual da meta de 3% ao ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado referente ao mês de novembro o índice subiu 0,39% no mês e teve alta de 4,87% em um ano.

Varejo pede medidas alternativas

Para a associação que representa os supermercados, o BC poderia adotar outras alternativas além da alta de juros para controlar a inflação.

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‘’Entendemos que na atual conjuntura há espaço para implementar uma política monetária mais ampla, que adote diferentes instrumentos, não apenas a calibragem periódica da taxa de juros, para o controle inflacionário’’, disse Felipe Queiroz, economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

Na visão do economista, considerando o cenário econômico atual do Brasil, aumentar os juros desestimula o investimento e prejudica a expansão da capacidade produtiva, afetando diretamente o consumo e a demanda agregada.

‘’Para um desenvolvimento sólido, sustentável e que não seja marcado por picos inflacionários precisamos aumentar a capacidade produtiva e isto só ocorrerá quando tivermos uma taxa real de juros interna que seja compatível internacionalmente’’, disse.

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Estudante de jornalismo na FAAP, cobre Mercados.
raquel.lauren@moneytimes.com.br
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