Atos Antidemocráticos

Acabou? Insurreição no Brasil sim, mas ameaça à democracia não

10 jan 2023, 8:42 - atualizado em 10 jan 2023, 8:42
Congresso Invasão
Brasil teve insurreição nos moldes dos EUA com dois dias de atraso, mas risco à democracia persiste (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O dia 6 de janeiro no Brasil chegou dois dias atrasado. Mas a Eurasia avisou que atos antidemocráticos poderiam acontecer por aqui. 

Porém, como se viu no Capitólio dos Estados Unidos dois anos atrás, em Brasília a invasão às sedes dos Três Poderes acabou em questão de horas. 

“Mas, ao contrário da América, o aparato de segurança pública e inteligência do Distrito Federal estavam em conluio com os manifestantes“, ressaltou a consultoria de risco geopolítico na newsletter semanal Signal.

Resta saber se a intervenção federal decretada na segurança pública da capital federal e a união demonstrada pela cúpula dos poderes serão suficientes. Ou se só irão acabar jogando mais gasolina na fogueira.

Poeira baixa, risco alto

Para a Eurasia, ainda que a poeira baixe sobre a “capital saqueada” do Brasil e que uma investigação em grande escala encontre os responsáveis pelo que aconteceu, a democracia não está salva. 

Em especial, se Jair Bolsonaro tiver desempenhado algum papel nas manifestações de apoiadores do ex-presidente. “Seja qual for o resultado, provavelmente vai atiçar ainda mais as chamas da polarização política no Brasil”, avalia o analista sênior da consultoria Carlos Santamaria, na newsletter.

Em pronunciamento, após  as forças de segurança retomarem o controle dos três edifícios ocupados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva culpou seu antecessor por encorajar o levante. Talvez, por isso, a insurreição no Brasil ajudou Lula, ao menos no curto prazo.

“Houve uma condenação unânime dos manifestantes em todos os principais partidos do Congresso”, ressaltou o cientista político e presidente da consultoria, Ian Bremmer, pelo Twitter. Para ele, o Brasil teve um 8 de janeiro, mas a democracia brasileira não vai a lugar nenhum.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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