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Ação da Azul (AZUL4) derrete até 16% com resultados do 1T25

14 maio 2025, 13:29 - atualizado em 14 maio 2025, 13:29
azul azul4
Azul (AZUL4) lidera as perdas desde a abertura das negociações do Ibovespa; analistas chamam atenção para CASK e liquidez imediata (Imagem: Facebook/Azul Linhas Aéreas Brasileiras)

As ações da Azul (AZUL4) lideram a ponta negativa do Ibovespa (IBOV) desde o início do pregão desta quarta-feira (14) com forte reação ao balanço do primeiro trimestre deste ano (1T25)

Por volta de 13h (horário de Brasília), AZUL4 caía 14,69%, a R$ 1,22. Na mínima do dia, os papéis da companhia aérea chegaram a derreter 16,78%. Acompanhe o Tempo Real. 



A Azul reportou lucro líquido de R$ 783,1 milhões no 1T25, uma reversão do prejuízo de R$ 1,1 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Na linha ajustada, no entanto, a companhia aérea viu o prejuízo crescer 460,4%, atingindo -R$ 1,8 bilhão no período de janeiro a março deste ano.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 2,1% em base anual, atingindo R$ 1,3 bilhão. Já a margem Ebitda ficou em 25,7%, um recuo de 4,6 pontos percentuais em relação ao mesmo período em 2024.

A companhia aérea atribuiu o recuo no Ebitda principalmente à desvalorização do real ante o dólar, preços de combustível mais altos, e inflação.

O que dizem os analistas? 

Para o Goldman Sachs, os números da Azul vieram abaixo das estimativas do banco. Os analistas também mencionaram que as despesas foram significativamente maiores em relação aos trimestres anteriores. 

Os analistas Bruno Amorim e João Frizo chamaram a atenção para o aumento do CASK (custo operacional dividido pelo total de assentos-quilômetro oferecidos) total, sem considerar combustível — de 9%. 

“Notamos que o CASK ex-combustível foi impactado negativamente por outras despesas, devido a um aumento temporário de operações irregulares, liderado por problemas de desempenho e oferta de OEMs (fabricantes de aeronaves), o que levou a um aumento de reclamações legais e custos relacionados a passageiros (hotel, comida e transporte)”, escreveram em relatório. 

Eles ainda destacaram a queda trimestral da liquidez imediata de R$ 3,1 bilhões para R$ 2,3 bilhões, um aumento de 15,7% na comparação com o quarto trimestre de 2024, representando cerca de 12% das receitas nos últimos 12 meses. 

O banco manteve a recomendação neutra para AZUL4 com preço-alvo de R$ 4,60 — o que representa um potencial de valorização de 221,7% sobre o preço de fechamento anterior. “Continuamos a preferir a Copa e a LATAM dentro da nossa cobertura de companhias aéreas”, diz o relatório. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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