Ação da B3 parece cara, mas está barata em comparação com outras bolsas
A bolsa brasileira, a B3 (B3SA3), é vista com bons olhos pelos analistas do BTG Pactual (BPAC11), que elevaram as perspectivas do Ibovespa (IBOV) em 2020 para 115 mil pontos , ante 99 mil pontos, em razão dos números consistentes de investidores que têm chegado ao mercado, apesar dos abalos desencadeados pela pandemia de coronavírus.
“Estamos quase 10% acima das nossas expectativas para 2020, na comparação com as projeções pré-coronavírus. A combinação de mais investidores ativos na bolsa e o rali nos mercados nos últimos seis meses nos fez recalibrar o preço-alvo de R$ 50 para R$ 58″, destaca a análise.
Apesar de parte da atividade dos novos investidores ser resultado das quedas brutais das taxas de juros pelos bancos centrais mundo afora, provocando a migração da renda fixa para a variável, a equipe do banco enxerga que a pandemia tenha apenas acelerado uma tendência estrutural que se arrasta por muitos anos.
Tal tendência deve se provar muito poderosa para a B3 e o mercado acionário do Brasil como um todo.
“Definitivamente, a B3 não está barata, mas tem grande potencial de crescimento e na comparação com suas semelhantes no exterior, ela negocia com desconto”, enfatiza o BTG Pactual.
Mais movimento
Os investidores brasileiros estão levando a sério o mantra de que é na crise que se encontram as melhores oportunidades. Segundo o relatório operacional divulgado pela B3, o número de pessoas físicas ativas, em maio, cresceu 4,1% em relação a abril e 124% sobre o mesmo mês do ano passado.
Com isso, 2,512 milhões de investidores negociaram ativos na Bolsa no mês passado, segundo a B3. Em um rápido comentário sobre o desempenho operacional da dona da bolsa brasileira, a Guide Investimentos considerou os números como positivos.