Ação da CVC (CVCB3) dispara até 11% nesta terça-feira (11); o que está por trás da forte alta
As ações da CVC (CVCB3) figuram entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira (11) desde o início do pregão, em meio à retomada do apetite por risco com expectativas sobre o início do ciclo de corte nos juros e a desvalorização do dólar no mercado à vista.
Por volta de 16h (horário de Brasília), CVCB3 subia 10,93%, a R$ 2,03. Na máxima do dia, o papel da companhia de turismo registrou avanço de 11,48% (a R$ 2,04).
O que impulsiona os papéis de CVC hoje?
As ações CVCB3 têm forte alta em meio à desvalorização do dólar à vista (USDBRL) na comparação com o real.
Os papéis da companhia de turismo também são beneficiados pelo alívio na curva de juros, com recuo das taxas de Depósitos Interfinaceiros (DIs) nos vencimentos de curto e médio prazos, em reação à desaceleração da inflação e à ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,09% no mês de outubro, após registrar alta de 0,48% em setembro. A expectativa era de que o IPCA avançasse 0,16% no período. No ano, a inflação acumula alta de 3,73% e, em 12 meses, avanço de 4,68%.
Já o Copom voltou a destacar sua preocupação com a trajetória da inflação. O destaque da ata é a incorporação de uma estimativa preliminar do impacto da mudança recente no Imposto de Renda em suas projeções – “o que limita riscos de alta à frente”, segundo a análise do Itaú BBA.
O banco ainda avaliou que o documento trouxe uma visão um pouco mais otimista sobre as perspectivas de inflação. “O texto indica confiança de que a estratégia atual – manter a Selic inalterada em 15% por um período prolongado – está funcionando”, afirmou a equipe econômica liderada por Mario Mesquita.
Com o entendimento de que a ata trouxe sinais “menos conservadores” e com a desaceleração da inflação, aumentaram as apostas de primeiro corte na Selic em janeiro.
O Banco Pine mantém uma “visão construtiva” e afirmou que “as condições técnicas para o Copom iniciar ciclo de queda da taxa de juros já estão presentes”, afirmou Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa macroeconômica do banco.
Em linhas gerais, um dólar mais fraco e a queda na curva mostra um potencial de taxa de juros, no caso, estável por mais tempo — o que impacta o consumo das famílias. Sendo assim, a tendência é de aumento da procura e da compra de pacotes de viagens e a reserva de hospedagens, principalmente no exterior.