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Ação da CVC (CVCB3) engata 2º dia consecutivo de ganhos e acumula alta de quase 10%: o que está por trás da forte alta?

03 dez 2025, 13:32 - atualizado em 03 dez 2025, 13:32
cvc
Ações da CVC sobem mais de 10% com alívio na curva de juros após a ata do Copom e enfraquecimento do dólar ante o real (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

As ações da CVC (CVCB3) lideram a ponta positiva do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (3), em seu segundo dia consecutivo de valorização com mudanças na posição acionária da companhia e alívio na curva de juros futuros brasileira. 

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Por volta de 12h35 (horário de Brasília), CVCB3 subia 6,22%, a R$ 2,05. Mais cedo, os papéis da companhia de turismo registraram avanço de 6,74% (R$ 2,06). Acompanhe o Tempo Real. 



A forte valorização foi iniciada na véspera (2). Ontem, CVCB3 encerrou com alta de 6,63%, a R$ 1,93, sendo a ação com melhor desempenho entre as negociadas no principal índice da bolsa brasileira. Nos dois dias, os papéis já acumulam avanço de 9%.

O gatilho para os ganhos é a mudança na posição acionária. Na noite da última segunda-feira (1º), a companhia informou que os fundos Carbyne Travel, BRM Carbyne Voyage FIA, Apex Vessel, BRM Carbyne, AM Latitude, Clube de Investimentos Agathos, BRM Apex e o investidor Fernando Antonio Kulnig Cinelli adquiriram mais de 23,7 mil ações ordinárias.

Juntos, eles passaram a deter o equivalente a 10% de participação na companhia.

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De acordo com a CVC, os investidores declararam que “a aquisição da participação acionária tem por objetivo a realização de investimento, pretendendo atuar como acionistas de referência”.

Sendo assim, a aquisição não tem o objetivo alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia, acrescentou o comunicado da empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O que mais impulsiona CVCB3 hoje?  

O cenário macroeconômico também beneficia as ações da CVC nesta quarta-feira (3). Os papéis da companhia de turismo são impulsionados pelo alívio na curva de juros, com a queda das taxas de Depósitos Interfinaceiros (DIs) nos vencimentos de curto e médio prazos.

O movimento acompanha os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, os Treasuries – que operam em queda após dados de emprego mais fraco do que o esperado no mercado norte-americano.

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De acordo com o relatório ADP, os EUA fecharam 32.000 postos de trabalho no setor privado em novembro, após abertura de 47.000 postos em outubro (em dado revisado para cima). Os economistas consultados pela Reuters previam criação de 10.000 postos de trabalho, depois de 42.000 postos de trabalho relatados anteriormente em outubro.

Os dados da maior economia do mundo também contribuem desvalorização do  dólar à vista (USDBRL) na comparação com o real. A divisa norte-americana opera no nível de R$ 5,30.

Isso porque o enfraquecimento do mercado de trabalho refletiu mo aumento das apostas de corte nos juros dos Estados Unidos pelo  Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA). 

Agora o mercado vê quase 90% de chance de uma redução na taxa de juros norte-americana em 0,25 ponto percentual, para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, em dezembro. A decisão do Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed será divulgada na próxima quarta-feira (10). 

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Em linhas gerais, um dólar mais fraco e a queda na curva mostram a expectativa de uma taxa de juros estável no Brasil, mas com um potencial de flexibilização da política monetária — o que impacta o consumo das famílias. Logo, a tendência é de aumento na procura e compra de pacotes de viagens e reserva de hospedagens, principalmente no exterior, além da demanda mais aquecida nesta época com as festas de fim de ano.

Hoje, a Selic está em 15% ao ano e o mercado precifica um início de ciclo de cortes na taxa de juros no primeiro trimestre de 2026.

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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