Mercados

Petrobras despenca mais de 15%; estatal perde R$ 45 bilhões em valor de mercado

24 maio 2018, 15:41 - atualizado em 25 maio 2018, 0:37
(Crédito: Divulgação/Bovespa)

A decisão da Petrobras (PETR3PETR4) de reduzir o preço do diesel nas refinarias em 10% por 15 dias foi mal recebida pelos investidores nesta quinta-feira (24). A expectativa de que a diminuição no valor do combustível deve resultar em perda de R$ 350 milhões em receita para a companhia fez com que as ações da estatal desabassem mais de 15% no decorrer do pregão da bolsa brasileira, com a perda de valor de mercado atingindo mais de R$ 45 bilhões. O Ibovespa (IBOV), principal índice acionário do Brasil, registrava há instantes queda de 1,36%, aos 79.769 pontos.

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Às 15h15, as preferenciais (PETR4) da petrolífera caíam 13,54%, a R$ 20,12; e os papéis ordinários (PETR3) perdiam 14,14%, a R$ 23,30. Considerando essas cotações, a perda de valor de mercado da companhia somava R$ 46,4 bilhões, totalizando R$ 286 bilhões.

A Petrobras, apesar de informar que tomou uma decisão técnica, sofre pelos burburinhos sobre uma possível interferência estatal, motivada principalmente após o governo se sentir pressionado pela greve de caminhoneiros e manifestações que atingiram diversas localidades do país, ameaçando inclusive as exportações e o abastecimento interno de combustíveis.

Entre ontem (24) e hoje, milhares de brasileiros correram para os postos preocupados com a possível falta de gasolina, álcool e diesel. Em alguns aeroportos, como Brasília, por exemplo, já ocorre contingenciamento de querosene. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apesar da escassez, os voos seguem abastecidos.

Relatório divulgado hoje pelo UBS revela que, mais do que as perdas financeiras, a dúvida que o mercado busca a resposta é se existe independência da estatal para manutenção de sua política de preços.

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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, foi o responsável pela adoção da política de reajuste diário de preços dos combustíveis, conforme oscilação dos preços do petróleo e do dólar comercial. A decisão foi um dos fatores considerados fundamentais para a recuperação do valor de mercado da estatal nos últimos tempos.

A possibilidade de que Parente deixe a estatal, abrindo espaço para que ele assuma a presidência da BRF, também pesa sobre a reação negativa do mercado. O executivo foi nomeado recentemente para o comando do conselho de administração da processadora de alimentos, dividindo seu tempo entre as duas empresas.

Com Investing.com

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