Ação da Randon supera Marcopolo e Iochpe como preferência setorial, aponta BTG

O BTG Pactual (BPAC11) revisou as recomendações das empresas de bens de capital sob sua cobertura. elevando Randon (RAPT4) para compra, com preço-alvo de R$ 11. O banco vê o nome como o mais defensivo dentro do mercado devido à sua alta exposição ao setor de agronegócio e à sólida posição do balanço patrimonial.

“Também temos uma visão mais otimista com as potenciais sinergias da aquisição da Nakata (a conclusão do processo está avançando bem, embora um atraso na aprovação do Cade pode naturalmente acontecer)”, acrescentou o analista Lucas Marquiori.

Segundo o BTG, os veículos pesados devem seguir uma tendência de resiliência por conta do aumento da demanda por transportes de carga, enquanto ônibus e veículos leves sofrerão com os efeitos da covid-19.

Dessa forma, o banco rebaixou as recomendações da Iochpe Maxion (MYPK3) e da Marcopolo (POMO4), de compra para neutra, com preços-alvos das ações em, respectivamente, R$ 16 e R$ 3.

De acordo com Marquiori, as duas empresas são as mais afetadas pela crise. A Iochpe possui alta exposição à indústria global de automóveis, que compõe mais de 70% de sua receita líquida.

“Nós temos visto desenvolvimentos mistos na indústria de automóveis, com a China já operando a ‘níveis do começo do ano’, enquanto outros mercados, como a Europa, devem precisar de mais tempo de recuperação, continuando a afetar os números da Iochpe no curto-prazo”, destacou o analista.

Sobre a Marcopolo, a postergação de pedidos impactou severamente os negócios da companhia. A queda no volume de viagens urbanas e interurbanas também tem se mostrado como fator negativo.

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“Os volumes de produção só retomarão com a melhora na demanda de passageiros, o que esperamos que aconteça no fim do ano”, disse Marquiori.

Para Weg (WEGE3) e Tupy (TUPY3), o banco manteve as recomendações neutra e de compra, respectivamente. Os preços-alvos indicados são de R$ 46 e R$ 21.