Ação da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, tem reação tímida após lucro bilionário; é hora de comprar?

A temporada de balanços do segundo trimestre (2T25) já começaram a pegar ‘tração’. Nesta terça-feira (29), os investidores se debruçam sobre os números da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo.
A operadora registrou lucro líquido de R$ 1,34 bilhão nos meses de abril a junho, crescimento de 10% na base anual.
No mesmo período, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Telefônica Brasil totalizou R$ 5,93 bilhões, avanço de 8,8% na comparação com o mesmo trimestre de 2024.
A reação aos resultados, porém, é tímida — e levemente positiva no Ibovespa (IBOV). VIVT3 encerrou a sessão com alta de 0,03%, a R$ 30,55.
Para os analistas do Goldman Sachs, a reação esperada era positiva devido à tendência melhor do que a esperada na receita de serviço móvel.
Resultado positivo?
Para os analistas, os números do segundo trimestre (2T25) da operadora de telefonia foram elogiados.
O Safra classificou o desempenho operacional como “tão bom quanto o esperado”.
Na avaliação da XP, a Vivo apresentou mais um trimestre resiliente, com destaque para o crescimento de 7,5% da receita total na comparação com o mesmo período do ano anterior.
“O forte desempenho nas receitas de serviços reforça nossa visão positiva sobre a Vivo, apoiada por seu portfólio de alta qualidade, ecossistema digital em crescimento e capacidade de gerar fluxos de caixa estáveis e crescentes”, escreveram os analistas Bernardo Guttmann e Luis Chagas em relatório.
Para os analistas da Ágora Investimentos/Bradesco BBI, o desempenho dos serviços móveis segue forte, com destaque para o segmento pós-pago, “que continua apresentando crescimento robusto”.
“Embora o capex (investimentos) tenha vindo um pouco acima do esperado, tanto na comparação sequencial quanto em relação às projeções, não vemos isso como um ponto de preocupação, dado que os investimentos tendem a ser voláteis trimestre a trimestre”, afirmaram os analistas Daniel Federle e Ricardo França.
Eles ainda consideraram que os números do 2T25 reforçaram as tendências positivas no setor de telecomunicações, “com a Vivo mais uma vez apresentando forte geração de caixa”.
Já o Itaú BBA destaca que o ambiente competitivo “saudável” tem favorecido o crescimento da Receita Média por Usuário (ARPU, na sigla em inglês) acima da inflação e contribuído para a alavancagem operacional.
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É hora de comprar?
Os analistas do BTG Pactual reiteraram que a ação da Vivo é uma “opção sólida”, especialmente para os investidores que buscam papéis defensivos.
“As empresas de telecomunicações oferecem modelos de negócios estáveis, forte posicionamento competitivo, robusta geração de fluxo de caixa e retornos significativos de caixa aos acionistas”, escreveram Carlos Sequeira, Osni Carfi e Tcha Chan em relatório.
Em particular, a Vivo está sendo negociada com um prêmio em relação às empresas globais de telecomunicações e à TIM Brasil (TIMS3), ou seja, está “mais cara”.
Considerando a métrica que relaciona preço e lucro (P/L), a VIVT3 é negociada 17x P/L, enquanto o setor opera a 14x e a operadora italiana, 8,5%.
Contudo, o rendimento de dividendos projetado para o final de 2026 é de aproximadamente 8,5%, valor superior ao das empresas de telecomunicações dos EUA (4%), mas inferior ao da TIM (cerca de 10,5%).
“Com modelo estável, geração robusta de caixa e forte retorno ao acionista, Vivo reforça sua posição como nome defensivo entre as teles”, acrescentaram os analistas do BTG Pactual.
Confira as recomendações que o Money Times teve acesso:
Corretora/Banco | Recomendação | Preço-alvo | Potencial de valorização* |
---|---|---|---|
Ágora/Bradesco BBI | Compra (top pick) | R$ 37,00 | 21,15% |
BTG Pactual | Compra | R$ 31,00 | 1,51% |
Goldman Sachs | Compra | R$ 32,00 | 4,78% |
Itaú BBA | Compra | R$ 35,00 | 14,60% |
Safra | Compra | R$ 32,00 | 4,78% |
XP | Compra | R$ 36,00 | 17,88% |
*em comparação o preço de fechamento da última segunda-feira (28).