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Ação do Bradesco (BBDC4) sofre corte de recomendação em massa; veja quem pulou fora

10 nov 2022, 15:59 - atualizado em 10 nov 2022, 15:59
Bradesco
O Bradesco apresentou uma queda de mais de 20% no lucro líquido recorrente do terceiro trimestre, para R$ 5,2 bilhões (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O Bradesco (BBDC4) presenciou uma fuga de analistas recomendando a compra da ação, que teve a maior queda diária em mais de 20 anos nesta quarta-feira (9) após a companhia reportar uma forte redução no lucro do terceiro trimestre.

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O papel do segundo maior banco privado do Brasil derreteu 17,38% ontem, com investidores reagindo mal aos números operacionais e financeiros da companhia.

O Bradesco apresentou uma queda de mais de 20% no lucro líquido recorrente do terceiro trimestre, para R$ 5,2 bilhões.

De acordo com a companhia, os motivos por trás do desempenho foram:

  • margem financeira com mercado, negativamente afetada pelo nível atual da Selic;
  • aumento da PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) Expandida causado pelo cenário de inadimplência; e
  • reforço da PDD complementar e o impacto da deflação do IPCA no resultado financeiro de seguros.

Ao todo, o Bradesco aumentou a provisão total em 3,2%, superior ao crescimento de 1,9% da carteira Bacen, com adicional reforço de cerca de R$ 1 bilhão ou 11,4%.

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Não foram só os investidores que tiveram uma leitura negativa dos resultados. Após a decepção do balanço, diversos bancos e corretoras cortaram a recomendação de Bradesco.

“Dias piores ainda estão por vir”

O BTG Pactual rebaixou a ação do Bradesco para “neutro” e reduziu o preço-alvo de R$ 25 para R$ 21. Na avaliação do banco, os resultados de tesouraria devem se recuperar apenas no fim do próximo ano.

Ainda, pesa sobre a tese de investimento a preocupação de que o Bradesco talvez esteja atrasado em relação aos pares quando o assunto é transformação digital, o que implica um gap de ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) maior.

O BB Investimentos também reduziu a recomendação do Bradesco de “compra” para “neutra”, com preço-alvo de R$ 24 ao fim de 2023, dado o cenário desafiador, de maior inadimplência, originação sob pressão e resultado de tesouraria desfavorável.

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Apesar do corte, o BB reforça que continua otimista com o Bradesco, considerando o histórico de execução da companhia.

A Eleven Financial mudou a recomendação para “neutra” após incorporar o novo guidance e projeções macro. Segundo a instituição, existe a sinalização de que “dias piores ainda estão por vir” para o Bradesco. O preço-alvo sugerido para 2023 é de R$ 21.

Quem mais pulou fora?

De olho na “forte indicação de mudança de patamar de rentabilidade com lenta recuperação”, a Mirae Asset alterou a sua recomendação para “neutra”. O preço-alvo foi colocado sob revisão.

O time de analistas do Citi realizou um corte duplo: o rating caiu para “neutra”, enquanto o preço-alvo foi de R$ 23 para R$ 19. Na avaliação dos especialistas, virou um ponto de preocupação a rápida deterioração das expectativas da administração.

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O Credit Suisse fez um movimento ainda mais agressivo, passando de rating de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) para outro de “underperform” (desempenho esperado abaixo da média do mercado, equivalente a “venda”). O preço-alvo também foi cortado e está agora em R$ 19.

Vale lembrar que, em outubro, o Itaú BBA rebaixou a recomendação de Bradesco para “market perform” (desempenho esperado em linha com a média do mercado), cortando o preço justo do papel de R$ 23 para R$ 21 ao fim de 2023. A instituição já estava na expectativa de mais um conjunto de resultados fracos no terceiro trimestre, sugerindo desde o último mês uma postura de cautela sobre o nome.

Com informações da Reuters.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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