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Ação que Barsi investe pode ter ‘reviravolta’ em dividendos; veja o que fazer com papel

18 maio 2023, 16:28 - atualizado em 18 maio 2023, 16:28

A Unipar (UNIP6), uma das principais produtoras de soda, cloro e PVC do Brasil, pode distribuir menos dividendos em 2023.

Segundo o CFO da companhia Marco Rabello, em entrevista ao Money Times, será difícil a companhia repetir os resultados de 2022, considerado um ano atípico devido à disparada dos preços internacionais.

“Falar de projeções é um pouco mais desafiador. 2023 é um ano diferente de 2022. Vamos continuar buscando maximizar, mas dificilmente será um ano que vai bater 2022, que foi completamente fora da curva falando de resultados recorrentes”, afirma.

Outro fator que deve pesar para a tese de dividendos, pelo menos no curto prazo, é a elevação de investimentos. Rabello afirma que 2023 será o ano com maior capex da história da companhia, na bolsa desde a década de 1970.

Até o momento, a fabricante assume o compromisso de distribuir 25% dos dividendos, o mínimo obrigatório estabelecido por lei. No ano passado, a empresa pagou mais de 100% do lucros, ou R$ 1,2 bilhão.

A Unipar é presença garantida na carteira de Luiz Barsi, conhecido por ser o rei dos dividendos. Além disso, é vice-presidente do conselho de administração da companhia.

De acordo com o RI (relações com investidores), até março de 2023, o megainvestidor possuía 13,9% da participação acionária, com 5 milhões de papéis.

O que fazer com Unipar

Niels Tahara, analista da Benndorf, diz que independentemente da realização de investimentos, a companhia, geralmente, continua gerando muito caixa.

“O cenário atual é um pouco desafiador, devido à demanda mais fraca por PVC, que puxou os preços para baixo também, mas ainda assim esperamos aproximadamente 10% de dividend yield esse ano”, explica.

Apesar de reconhecer que o modelo de negócios da empresa é bom, Tahara diz que a Unipar pode não ser a companhia mais adequada para uma estratégia de dividendos recorrentemente altos.

Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados há quatro anos. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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