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Acelerar engorda a pasto de novilhas, com qualidade, é o sonho de consumo da Marfrig

07 jul 2021, 16:08 - atualizado em 07 jul 2021, 16:08
Animais mais jovens, fêmeas, com engorda acelerada, é a meta de estudo da Marfrig e criadores (Imagem: Divulgação)

A Marfrig (MRFG3) pegou 180 novilhas e começou a tratá-las a pasto e com suplementação de baixo consumo. De 212 kg em média, após 355 dias finalizaram em 445 kg.

É certo que os animais nelores de primeira linha têm boa conversão alimentar, ainda assim o ganho de peso diário de 656 gramas foi considerado acima do padrão.

Só no capim, o rendimento ideal das novilhas iria consumir entre 12 a 18 meses a mais.

Com esse teste, a principal empresa global de hambúrgueres e uma das líderes em exportação de carne in natura sabe que pode conseguir animais mais jovens a pasto com apoio nutricional.

Em ouras palavras, elevar o percentual de rendimento de carcaça de 53%, quando se obtém, portanto, novilhas de 15,7 @ aos 24 meses de idade, em 355 dias.

Para a Associação de Criadores de Nelores do Mato Grosso (ACNMT), também ficou constatado que que os produtores podem entregar animais com essas exigências. A entidade participou do projeto, junto o pessoal do Núcleo de Pecuária Intensiva da Universidade Federal do Mato Grosso.

A Nuttron, da Cargill, entrou com a comida. E a iBeef foi a responsável pelas análises técnico-científicas.

Na segunda etapa do estudo, que agora avança, serão monitorados o ganho de qualidade da carne, como maciez, marmoreio e acabamento de gordura, por exemplo.

Como se traduz do executivo de originação da multinacional frigorífica brasileira de carne bovina, Fabion Almeida, há que se ter certeza que o encurtamento do ciclo de engorda vem com a carne dentro dos mais elevados padrões da novilha de boa linha linhagem que seria alimentada só com capim.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.