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Aceno de Putin pode não valer um bushel, mas tem poder de pressionar trigo e milho

30 maio 2022, 11:05 - atualizado em 30 maio 2022, 11:17
Mar Negro em Odesa, Ucrânia
Expectativa de liberação de exportações de grãos da Ucrânia, por Odessa, tem poder de pressão nas cotações (Imagem: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

Mesmo que os acenos de distensão de Vladimir Putin não valham um bushel, ainda mais com Kiev sob fogo cerrado, os deste fim de semana têm algum poder de pressionar o trigo e o milho na reabertura da bolsa de Chicago na terça.

Nesta segunda (30) de feriado nos Estados Unidos os agentes devem estar mastigando a declaração do presidente da Rússia de liberar os grãos ucranianos, dando passagem pelos portos do Mar Negro.

Desde que, na certa, os líderes ocidentais levantassem as sanções contra seu país.

“Caso o mercado caia [com o potencial aumento da oferta], será uma oportunidade para os fundos”, avalia Marcelo De Baco, especialista em trigo, da De Baco Corretora de Mercadorias.

Há o trigo de inverno de ambos os países, apesar de que o encurtamento do disponível pelo efeito da guerra já está “contabilizado”, e o de primavera tem plantio comprometido (especialmente na Ucrânia), concluiu o consultor e trader.

Em relação ao milho, os dois países já estavam com estoques reduzidos da safra de verão anterior – e também com a futura produção prejudicada -, mas o aceno russo pode servir como fator de queda em Chicago, segundo Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.

Na sexta, o trigo consegui um reforço de 1,21%, fechando a US$ 11,57 o bushel, testando uma recuperação depois de seguidas realizações de lucros.

O milho também acrescentou 1,52% às cotações do julho, que vai abrir amanhã a US$ 7,76.

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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