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Ações caem 10%: Lucro da Meta encolhe 83% no trimestre — e a culpa é do governo dos Estados Unidos

30 out 2025, 9:55 - atualizado em 30 out 2025, 11:07
Meta
(Imagem: Reuters/Carlos Barria/File Photo/File Photo)

A Meta (ex-Facebook) anunciou uma queda de 83% em seu lucro líquido no terceiro trimestre (3T25).  A companhia também traçou projeções mais elevadas para despesas com capital, ajudando a pressionar o desempenho das ações nesta quinta-feira (30).

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No pré-mercado de hoje, as ações caem mais de 10% nas primeiras horas do dia. 



Nos três meses até setembro, a empresa registrou lucro líquido de US$ 2,71 bilhões, comparado a US$ 15,7 bilhões no mesmo período de 2024. O ganho diluído por ação (LPA) ficou em US$ 1,05, ante US$ 6,72 esperado pelos analistas consultados pela FactSet e US$ 6,03 no terceiro trimestre de 2024.

A companhia registrou, contudo, um aumento de 26% do faturamento, que passou de US$ 40,6 bilhões para o valor recorde de US$ 51,2 bilhões.

Além disso, a empresa informou ainda que os custos e despesas totais ficaram em US$ 30,71 bilhões, um aumento de 32% no comparativo anual.

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O que fez o lucro da Meta (META) cair tanto?

A empresa dona do Facebook informou que uma provisão não-recorrente para imposto de renda, decorrente do One Big, Beautiful Bill Act do presidente dos EUA, Donald Trump, afetou o resultado do grupo.

De acordo com Enzo Pacheco, analista de tecnologia da Empiricus, é preciso colocar algumas coisas em perspectiva como, por exemplo, o lucro operacional do trimestre, que totalizou US$ 20,535 bilhões.

O valor é 18% maior ante um ano atrás e o equivalente a uma margem de 40% — cerca de 3 pontos percentuais contra o mesmo período do ano passado.

“Essa melhora operacional no período foi ofuscada pelo reconhecimento de uma despesa tributária de US$ 15,93 bilhões (sem impacto no caixa) por conta da redução dos impostos futuros propostos pela One Big, Beautiful Bill Act do governo Trump”, diz Pacheco.

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Dessa forma, a provisão para pagamento de impostos totalizou US$ 18,954 bilhões (o equivalente a uma alíquota efetiva de 87%), um salto de 788% em relação ao provisionado no mesmo período de 2024, de US$ 2,132 bilhões.

Desconsiderando essa despesa tributária, o lucro líquido da companhia teria totalizado US$ 18,64 bilhões, ou US$7,25 por ação, valor 20,2% maior na comparação anual.

Investimentos elevados em IA

A companhia também traçou projeções mais elevadas para despesas com capital devido principalmente aos investimentos feitos na infraestrutura necessária para seus produtos e serviços de Inteligência Artificial (IA), o que contribuiu para pressionar as margens.

Para 2025, a meta projetou que as despesas totais fiquem entre US$ 116 bilhões e US$ 118 bilhões, uma atualização em relação à projeção anterior de US$ 114 bilhões a US$ 118 bilhões, refletindo uma taxa de crescimento de 22% a 24% em relação ao ano anterior.

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É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times, atua na cobertura de criptomoedas, criptoeconomia e tecnologia para o Crypto Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, graduando em Economia na Unifesp. Foi repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.

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