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Ações da Amazon caem 2% no pré-mercado após linha do balanço repetir fracasso de resultados de outras big-techs; entenda

07 fev 2025, 10:54 - atualizado em 07 fev 2025, 10:54
Amazon
Créditos: iStock/HJBC

A Amazon (Nasdaq:AMZN) publicou seu balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24) na noite da última quinta-feira (6) e os investidores já deram o tom do que acharam dos resultados: as ações chegaram a cair mais de 3% no after market e recuam outros 2% no pré-mercado desta sexta-feira (7). 

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A receita trimestral da Amazon veio levemente acima das estimativas de Wall Street, atingindo os US$ 187,8 bilhões no 4T24, contra a média dos analistas de US$187,3 bilhões. 



Contudo, o resultado não conseguiu esconder a queda das receitas na unidade de computação em nuvem, o Amazon Web Services (AWS). Enquanto as projeções esperavam US$ 28,87 bilhões, o segmento teve um resultado de US$ 28,79 bilhões.

Vale dizer que o resultado coloca a Amazon ao lado de outros provedores de serviço em nuvem com resultados aquém do esperado, como Microsoft e Google

O enfraquecimento do segmento ocorre em um momento em que os investidores têm se mostrado cada vez mais impacientes com os gastos bilionários das grandes empresas de tecnologia e estão ávidos por retornos dos pesados investimentos em inteligência artificial.

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Outras linhas do balanço da Amazon (AMZN)

Ainda assim, o negócio de varejo da Amazon ajudou a compensar a fraqueza da unidade de nuvem, com a empresa reportando um crescimento de 7% nas vendas online no trimestre, para US$ 75,56 bilhões. As estimativas esperavam algo em torno de US$ 74,55 bilhões.

Por fim, a Amazon registrou um lucro líquido de US$ 20 bilhões, quase o dobro do resultado do mesmo período do ano anterior, com um ganho de US$ 1,86 por ação, o que representa uma alta de 86% em relação ao mesmo período de 2023.

Apesar dos resultados, pesou também o fato de que a Amazon prevê uma queda nas receitas para o primeiro trimestre de 2025. 

Assim, a direção da empresa espera uma receita entre US$ 151 bilhões e US$ 155,5 bilhões, o que representa um crescimento entre 5% e 9% frente ao primeiro trimestre de 2021. Em comparação, o mercado esperava algo superior a US$156 bilhões. 

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“Com uma avenida de crescimento ainda significativa pela frente, principalmente pela oferta de produtos e serviços de IA no AWS, aliado à perspectiva da empresa continuar investindo na frente de publicidade para melhorar seus resultados, além da melhora de margem das operações de varejo online, sigo com recomendação de compra para o ativo”, afirma Enzo Pacheco, analista da tecnologia da Empiricus.

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É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.
renan.sousa@moneytimes.com.br
É editor-assistente do Money Times. Formado em jornalismo pela ECA-USP, estuda ciências econômicas na São Judas. Atuou como repórter no Seu Dinheiro, Editora Globo e SpaceMoney.