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Voláteis, ações da Ambipar (AMBP3) oscilam entre queda de 14% e disparada de mais de 20% nesta sexta-feira na B3; entenda

26 set 2025, 12:41 - atualizado em 26 set 2025, 14:50
Ambipar
(Imagem: Facebook/Ambipar)

As ações da Ambipar (AMBP3) abriram o pregão desta sexta (26) enfrentando mais uma derrocada na Bolsa, após a agência de risco S&P Global rebaixar a nota de crédito (rating) de ‘BB-‘ para ‘D’, classificação que equivale a um calote da dívida (default), mas o sinal chegou a ser invertido para o positivo.

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Negociadas fora do Ibovespa, por volta de 12h02 as ações AMBP3 oscilavam entre altas e baixas. Na mínima do dia, os papéis chegaram a cair 14% e na máxima, subiu 5%.



A decisão da agência classificadora de riscos ocorreu um dia após a companhia obter uma proteção judicial contra credores. No pregão de quinta-feira (25), a companhia chegou a registrar queda superior a 40% no pregão da B3 e fecharam com perdas de 24%.

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A liminar suspende qualquer cláusula contratual que possa levar a um vencimento antecipado dos compromissos da companhia, um passo que pode anteceder recuperação judicial. Segundo a S&P, essa ação é “equivalente a uma reestruturação geral da dívida”, o que justifica a classificação ‘D’.

A notícia sobre a proteção contra os credores derrubou as ações da Ambipar. A medida, que revela dificuldades de pagamento vinculadas a operações com derivativos atreladas a green bonds, derrubou as ações da empresa de soluções ambientais.

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Recuperação judicial da Ambipar no radar

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu uma medida cautelar para proteção contra credores, ajuizada pelo Grupo Ambipar, que inclui a Ambipar, a Environmental ESG Participações e outras afiliadas do conglomerado.

Na prática, o pedido de proteção das exigências de credores significa que, no momento, a companhia e suas subsidiárias não têm condições de pagar suas dívidas.

Em fato relevante, a Ambipar explicou que a medida é resultado de operações recentes com derivativos ligadas aos green bonds, que “geraram consequências financeiras negativas em razão de variação na cotação e negociação de seus valores mobiliários”.

“O objetivo da medida cautelar é propiciar a continuidade das atividades empresariais do Grupo Ambipar e viabilizar a proteção a seus ativos, enquanto se busca junto aos credores uma alternativa viável para o adequado equacionamento de seus compromissos financeiros”, escreveu a companhia.

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Ao fim do segundo trimestre, o endividamento líquido da empresa somava quase R$ 6 bilhões, com uma alavancagem de 2,56 vezes o Ebitda anualizado do período.

Esse tipo de ação funciona como um passo anterior à recuperação judicial, permitindo que problemas financeiros sejam tratados de forma mais amigável, sem a necessidade de um litígio longo.

*Com informações do Seu Dinheiro 

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.