Destaques da Bolsa

Ações da Americanas (AMER3) avançam mais de 20% na B3; o que está por trás da alta?

02 set 2024, 11:55 - atualizado em 02 set 2024, 17:24
americanas
Mesmo com a forte valorização nesta segunda-feira (2), as ações da Americanas acumulam queda de mais de 90% no ano (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

As ações da Americanas (AMER3) operaram entre as maiores altas da B3 nesta segunda-feira (2). 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os papéis da varejista encerraram o pregão com avanço de 20,97%, a R$ 6,98. Durante o dia, AMER3 registrou máxima intradia, a R$ 7,25, com avanço de mais de 25%.



Durante a tarde, a companhia anunciou que a Ame Digital deixará de ser um plataforma “autônoma” de produtos e serviços financeiros.

“Os serviços de conta de pagamento, credenciadora e participante indireta de PIX, não serão mais oferecidos pela Ame Digital, que também deixa de ser uma plataforma autônoma de produtos e serviços financeiros”, afirma a Americanas em comunicado ao mercado.

A varejista afirma que contratou a consultoria Centria Capital Partners para encontrar interessado na aquisição de alguns ativos da fintech.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Sendo assim, os papéis da varejista estendem ritmo de ganhos após o grupamento de ações, na tentativa de reduzir as perdas do ano.

Na última terça-feira (27), a Americanas agrupou as ações na proporção de 100 para 1. Isso significa que grupos de 100 papéis AMER3 se uniram para formar uma nova ação — e passaram a ser cotadas acima de R$ 5.

Mesmo com a forte alta do pregão desta segunda, a companhia acumula queda de quase 93% no ano.

Dias agitados para Americanas

Na última sexta-feira (30), o Shopping Iguatemi entrou com uma ação de despejo na Justiça contra as Americanas, para reaver dívidas de aluguéis.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A medida envolve a loja da varejista no endereço do Iguatemi na avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista, e seu valor é de R$ 2.978.737,80. Desde o início de 2023, a Americanas está em recuperação judicial.

O processo, proposto pelo Condomínio Shopping Center Iguatemi, que administra as comercializações de espaços do empreendimento, tramita na 33ª Vara Cívil do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O pedido teve entrada no dia 2 de julho deste ano, e, segundo a última movimentação, de quarta-feira (28), está pronto para análise do juiz.

Embora a Americanas seja alvo de vários processos de despejo por falta de pagamento de aluguéis, segundo consulta feita pela reportagem no site do TJ-SP, o ponto do Shopping Iguatemi não possui dívidas dessa natureza atualmente, segundo a varejista.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“A Americanas segue pagando seus fornecedores rigorosamente em dia e sem atrasos”, disse a Americanas, em nota.

A companhia ainda afirma que a unidade do Shopping Iguatemi permanece aberta e que já apresentou a sua defesa na ação de despejo.

“A Americanas reitera que os créditos concursais referentes à recuperação judicial estão devidamente endereçados no cronograma de pagamentos já em execução”, informa a empresa.

Recuperação judicial da Americanas 

A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro de 2023. A dívida da empresa é de aproximadamente R$ 43 bilhões, composta por obrigações com uma variedade de credores, incluindo bancos, fornecedores e detentores de títulos de dívida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre os principais credores bancários estão o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander, além de outros bancos e instituições financeiras nacionais e internacionais.

A lista de credores divulgada em junho pela Americanas indica oito créditos devidos a CNPJs atrelados a Condomínio Shopping Center Iguatemi. Além da Faria Lima, existem pendências em Campinas, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto (SP), além do Rio de Janeiro (RJ), Campina Grande (Paraíba), Fortaleza (Ceará) e Maceió (Alagoas). O montante chega a R$ 1,081 milhão, sendo que o maior valor é o da loja da Faria Lima, de R$ 662.273,73.

*Com informações de Estadão Conteúdo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar