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Ações da Embraer (EMBR3) caem após pedido bilionário por jatos E195-E2; ‘marco’ nos EUA não agradou?

10 set 2025, 16:10 - atualizado em 10 set 2025, 16:10
Embraer
Ações da Embraer operam em queda após anúncio de pedido pela Avelo Airlines (Imagem: Wikimedia)

As ações da Embraer (EMBR3) operam em queda na tarde desta quarta-feira (10), após a fabricante de aeronaves brasileira revelar o “grande anúncio” que jogou as expectativas do mercado no alto na última semana: a Avelo Airlines, companhia aérea dos Estados Unidos, encomendou até 100 jatos E195-E2.

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O pedido firme é de 50 aeronaves, com valor de tabela de US$ 4,4 bilhões e há ainda direitos de compra para outras 50. A visão do mercado, porém, é de que o anúncio frustrou um pouco as expectativas.

Logo após o anúncio, por volta de 11h, as ações chegaram a avançar mais de 3%. No entanto, os papéis viraram para queda e por volta de 15h35 (horário de Brasília) a EMBR3 recuava 1,58%, a R$ 80,20. Acompanhe o tempo real.



As ações da Embraer subiram 5% nos últimos dias, após a empresa sinalizar, no fim da semana passada, que divulgaria uma grande novidade.

Embrar conquista mais espaço nos EUA

Apesar do recuo das ações, na avaliação de analistas do JP Morgan e do Itaú BBA, o anúncio é positivo.

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Para o JP Morgan, o anúncio representa a entrada do E2 no maior mercado de aeronaves do mundo. Além disso, o pedido configura a maior encomenda dessa aeronave na história da fabricante.

“A encomenda de hoje mostra que a atual tarifa de 10% sobre as aeronaves da Embraer não está prejudicando sua competitividade e também indica que as tarifas podem ser suspensas no futuro, já que a Embraer traz um novo cliente para apoiar sua reivindicação de tarifa zero”, diz o banco.

O banco americano pontua que, após essa encomenda, a carteira de pedidos da aviação comercial atingirá cerca de US$ 17,5 bilhões, ou 487 aeronaves, representado aproximadamente seis anos de entregas.

Para oItaú BBA, o acordo pode sinalizar a abertura de um novo mercado para o E2, além de trazer uma vantagem adicional para a carteira de pedidos da empresa, a elevando para perto do US$ 30 bilhões no terceiro trimestre deste ano.

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“Mantemos a Embraer como uma de nossas principais escolhas, com o bom momento da ação ainda apoiando nossa visão”, dizem os analistas.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.