Ações da Even (EVEN3) despencam até 10% na bolsa; o que está por trás da queda?
As ações da incorporadora e construtora Even (EVEN3) recuam forte nesta terça-feira (18) e figuram entre as maiores quedas da bolsa.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), os papéis caíam 10%, negociados a R$ 8,06. Acompanhe o tempo real.
O recuo ocorre no dia em que as ações passam a ser negociadas ex-dividendos, movimento que costuma gerar realização por parte de investidores que já garantiram o direito ao provento.
No último anúncio, de R$ 150 milhões em dividendos intercalares, em parcela única a ser distribuída no dia 28 de novembro, a companhia informou que terão direito aos proventos os acionistas posicionados na base de 17 de novembro de 2025.
Com isso, os papéis passaram a ser negociados sem esse direito a partir desta terça-feira (18).
Dividendos à vista
Ao Money Times, o diretor financeiro da companhia (CFO), Marcelo Dzik, afirmou que a incorporadora quer se consolidar como pagadora recorrente de proventos e mira um payout próximo de 50% do lucro líquido nos próximos anos.
Hoje, a distribuição segue o mínimo legal de 25%, mas o executivo ressaltou que pretende elevar esse patamar conforme a geração de caixa e o avanço do ciclo operacional.
“A gente enxerga no longo prazo uma empresa pagadora de aproximadamente 50% dos lucros. A ideia é repassar dividendos relevantes tanto para pessoas físicas quanto para investidores institucionais”, afirmou. Você pode conferir a entrevista completa aqui.
Maior participação
Além disso, na véspera (17), a Even comunicou que a Real Investor Asset Management elevou sua participação e passou a deter 19.668.139 ações ordinárias, o equivalente a 9,83% do capital social.
Apesar do movimento, a gestora afirmou que não há intenção de assumir o controle da empresa e que não possui outros valores mobiliários, derivativos ou acordos que regulem o exercício de voto ou compra e venda de papéis da incorporadora.
Lucro volta ao azul
Na semana passada, a Even reportou lucro líquido consolidado de R$ 90 milhões no terceiro trimestre (3T25), revertendo o prejuízo de R$ 110 milhões registrado um ano antes.