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Ações da Irani Papel estão “altamente” descontadas, alerta BTG

18 ago 2020, 10:10 - atualizado em 18 ago 2020, 10:10
Celulose Irani
De acordo com o documento, a Irani está levantando capital para se envolver em uma série de projetos, que devem reduzir custos e elevar a capacidade de papelão (Imagem: Linkedin/Celulose Irani)

O BTG Pactual acredita que as ações da Irani Papel e Embalagem (RANI3RANI4) estão altamente descontadas, já que os investidores não estão dando crédito para um futuro crescimento da empresa.

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“A empresa concluiu com sucesso uma oferta há algumas semanas levantando R$ 400 milhões e está pronta para embarcar em uma fase de crescimento agressivo pela frente. A empresa agora ostenta um balanço patrimonial muito saudável (em torno de 1x a alavancagem) e pode se concentrar em fornecer crescimento cumulativo pela primeira vez em anos”, avaliou o BTG.

De acordo com o documento, a Irani está levantando capital para se envolver em uma série de projetos, que devem reduzir custos e elevar a capacidade de papelão. Na visão deles, o maior projeto é uma nova caldeira de recuperação em seu site de Santa Catarina, que deve elevar os níveis de produtividade e reduzir custos.

Resultados

A empresa registrou lucro líquido de R$ 15,3 milhões no segundo trimestre. Com isso, reverteu o prejuízo de R$ 3,3 milhões do mesmo período do ano passado.

No relatório da administração que acompanha as demonstrações financeiras, a companhia atribui o desempenho ao aumento da receita, à variação positiva do valor justo dos ativos biológicos e à melhor margem das exportações, devido à desvalorização do real.

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A receita líquida aumentou 7,2% sobre um ano atrás, para R$ 241 milhões, puxada pelo maior volume físico vendido de papéis e embalagens, bem como pela alta do dólar e do euro.

Já o Ebitda ajustado cresceu 19% e chegou a R$ 55,6 milhões. A margem Ebitda ajustada evoluiu 2,3 pontos percentuais, para 23,1%.

Em geral, o BTG se mostrou bem positivo com o futuro da companhia e recomendou a compra das ações, com preço-alvo de R$ 7.

“Acreditamos que esta será uma tese de investimento de redução do risco gradual, que dependerá da entrega da gestão”, confirmou o banco. Os riscos para a empresa são atrasos/estouros do projeto, aumento do preço de OCC pressionando as margens e níveis de liquidez relativamente mais baixos.

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Jornalista | Analista de Marketing
vitoria.fernandes@moneytimes.com.br