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Ações da Tenda (TEND3) desabam 24% após resultados negativos do 4T21

11 mar 2022, 14:05 - atualizado em 11 mar 2022, 14:05
Construção Civil Imóveis
Aumento no custo dos materiais representa grande desafio para a Tenda (Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Após a divulgação do resultado negativo no 4º trimestre de 2021, as ações da Tenda (TEND3) desabam na Bolsa brasileira nesta sexta-feira (11). Até às 13h de hoje, os papéis registraram queda de 24,7%, cotados a R$ 9,22.

A construtora registrou um prejuízo líquido de R$ 268 milhões no último trimestre, já o prejuízo bruto foi de R$ 56,6 milhões – para efeito de comparação, a Genial Investimento projetava um lucro bruto de R$ 163,8 milhões no mesmo período.

Para o analista Luis Assis, da Genial, o resultado é “muito negativo” e pode ser justificado por quatro fatores:

  1. Um incremento nos custos de R$ 350 milhões;
  2. Aumento das despesas de vendas, muito provavelmente atrelada à tentativa de manter a venda sobre oferta mesmo com aumento de preços;
  3. Aumento das despesas gerais e administrativas, atrelada principalmente à expansão da marca Alea;
  4. Queda no resultado financeiro atrelado ao aumento das despesas financeiras devido a uma taxa Selic mais elevada no trimestre.

“O motivo para todo o resultado ruim da Tenda é principalmente relacionado ao grande aumento do custo dos materiais de construção, que passou a representar um problema no 2º trimestre de 2021”, conta Assis.

Por atuar no grupo 2 do programa Casa Verde e Amarela, renda entre R$ 2 e R$ 4 mil, a construtora não tem muita liberdade para aumentar o preço sem mudanças no programa, impactando suas margens.

Houve ainda o impacto nos resultados a perda de produtividade, segundo a companhia, por conta do desbalanceamento da cadeia das obras em andamento durante a pandemia, gerando uma pressão adicional de custos de R$ 103 milhões no quarto trimestre.

Repórter
Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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Jornalista formado pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com extensão em jornalismo econômico pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Colaborou com Estadão, Band TV, Agência Mural, entre outros.
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