Comprar ou vender?

Ações de bancos estão baratas demais para ignorar, mesmo com coronavírus

26 mar 2020, 13:24 - atualizado em 26 mar 2020, 13:27
Itaú Unibanco ITUB4
Pechincha: mesmo que tudo dê errado, Itaú Unibanco e suas rivais estão muito baratas, diz Safra  (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O Banco Safra reavaliou suas projeções para o setor bancário brasileiro, a fim de determinar o impacto da pandemia de coronavírus. O que encontrou foi animador, segundo relatório enviado a clientes e assinado por Luís F. Azevedo e Silvio Dória.

A dupla atribui a queda de 30% dos papéis do setor, em março, a fatores externos aos bancos, como o aumento do risco-país e as medidas para conter a crise do coronavírus.

“Embora nossas simulações resultem num corte potencial de 6% a 20% em nossas estimativas, que poderia reduzir os lucros dos bancos em 2020, ainda acreditamos que a queda dos papéis foi exagerada e os múltiplos dos bancos são atrativos demais para serem ignorados”, diz o Safra.

Foco no futuro

Os analistas insistem que, se o investidor conseguir ignorar a volatilidade de curto prazo e mirar num horizonte mais amplo de tempo, “há uma grande oportunidade de comprar os bancos brasileiros”. Isto porque, os papéis ainda estão baratos, mesmo após a recuperação ensaiada nos últimos dias.

Bradesco BBDC4
Todos os bancos cobertos pelo Safra têm recomendação de outperform (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

O Safra explica que, atualmente, as ações do setor são negociadas por uma média pouco maior que 1 vez seu valor patrimonial. Quando se analisa a relação preço/lucro, a média está abaixo de 7 vezes.

“Mesmo em nosso pior cenário, o Itaú deveria negociar a 10 x P/Lucro2020; Bradesco 7,8x, Santander, 8,9x e Banco do Brasil, 5,3x, abaixo de seus múltiplos históricos”, afirma o relatório.

Todos os bancos cobertos pelo Safra têm recomendação de outperform, isto é, desempenho esperado acima da média do mercado. O preço-alvo do Itaú Unibanco (ITUB4) é de R$ 43; para o Bradesco (BBDC4), de R$ 47; para Santander (SANB11), R$ 54; e Banco do Brasil (BBAS3), R$ 68.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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