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Ações de Localiza e Unidas têm forte alta após decisão do Cade sobre fusão

15 dez 2021, 14:29 - atualizado em 15 dez 2021, 14:29
A fusão é um movimento estratégico inteligente e serve como gatilho para a ação da Localiza, disse o Bank of America (Imagem: Divulgação)

As ações das locadoras de carros Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) ganharam impulso nesta quarta-feira (15), depois que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a fusão entre ambas as empresas.

Por volta das 14h15, a Localiza registrava ganhos de 3,36%, a R$ 59,42, enquanto a Unidas subia 4,04%, a R$ 26,52. Na máxima do dia até o momento, os papéis alcançaram altas de, respectivamente, 6,04% e 7,04%.

Também às 14h15, a rival Movida (MOVI3) mostrava valorização de 0,44%, a R$ 18,28.

A relatora da transação, Lenise Prado, disse que a fusão poderia ser aprovada mediante o cumprimento de determinadas cláusulas de restrições – entre elas, a venda significativa de ativos na área de locação.

Em setembro, a superintendência-geral do Cade já tinha recomendado a aprovação da união entre as companhias, mas com restrições.

Movimento estratégico

Em relatório divulgado na última sexta-feira (10), o Bank of America (BofA) disse que o acordo é um movimento estratégico inteligente e serve como gatilho para a ação da Localiza.

Sob estimativas razoáveis, o Bank of America vê de sinergias um valor presente líquido entre R$ 6 bilhões e 9 bilhões. O banco também enxerga a nova empresa negociada a 17-20 vezes P/L (preço sobre lucro), considerando uma faixa de 20-60 mil veículos.

Mas, mesmo em um cenário em que o órgão regulador não aprovasse a fusão, o papel da empresa continua atrativo, dizem os especialistas do banco.

Segundo analistas, excluindo a combinação de negócios, a Localiza é negociada a 20 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2022, representando um desconto de 30% para o histórico.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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