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Ações de shoppings fecham em alta com expectativa de reabertura em São Paulo

09 jun 2020, 17:50 - atualizado em 09 jun 2020, 17:49
Shoppings
Até a véspera, 298 shopping centers de um total de 577 em todo o país haviam reaberto as portas (Imagem: Pixabay)

Ações de empresas de shopping centers figuraram entre os destaques positivos do Ibovespa (IBOV) nesta terça-feira, marcada por realização de lucros na bolsa paulista, em meio a expectativas de que a capital paulista libere ainda nesta semana a reabertura desses empreendimentos.

Há expectativa de que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anuncie ainda nesta tarde a autorização para funcionamento do comércio de rua a partir de quarta-feira e a reabertura dos shoppings a partir de quinta-feira, segundo notícias na mídia.

Consultada pela Reuters, a prefeitura de São Paulo informou que ainda não há decisão oficial.

O Estado de São Paulo registrou um número recorde de mortes diárias pela Covid-19, mostraram dados da secretaria estadual de Saúde divulgados nesta terça-feira. O Estado tem 9.522 mortes causadas pela Covid-19, um acréscimo de 334 novos óbitos em relação ao número apresentado na segunda-feira.

Com isso, Multiplan (MULT3) subiu 4,73%, Iguatemi (IGTA3) avançou 3,64% e brMalls (BRML3) disparou 7,8%, enquanto o Ibovespa fechou em queda de 0,92%. Fora do Ibovespa, Aliansce Sonae (ALSO3) ganhou 2,32% e JHSF (JHSF3) valorizou 0,96%.

Até a véspera, 298 shopping centers de um total de 577 em todo o país haviam reaberto as portas, de acordo com a associação que representa o setor Abrasce.

Analistas do BTG Pactual destacam que uma grande parte da área bruta locável e do lucro operacional dos shoppings está localizada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. No caso da capital fluminense, a Justiça suspendeu flexibilização anunciada recentemente.

O alívio nas medidas de confinamento em todo o país, adotadas para combater a disseminação do coronavírus, combinada com taxas de juros em mínimas históricas, tem corroborado para a recuperação das ações do setor, embora ainda mostrem perdas expressivas no acumulado do ano.

Nos primeiros dias de junho, JHSF contabiliza alta de cerca de 30%, seguida por brMalls, Aliansce Sonae, Iguatemi e Multiplan com altas ao redor de 20%. No ano, porém, os papéis perdem cerca de 11%, 30%, 35%, 25% e 25%, respectivamente.

A partir de levantamento próprio, o Bradesco BBI calcula que a taxa de receita sobre área bruta locável (GLA) aberta para a JHSF é de 0,91, seguida por Aliansce Sonae (0,89), Iguatemi (0,74), brMalls (0,69) e Multiplan (0,62). “Aliansce Sonae e JHSF intensificam processo de reabertura, superando posição de liderança do Iguatemi”, destacaram.