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Ações, imóveis, dólar e renda fixa: como juntar tudo isso e lucrar até 1.700% do CDI?

12 maio 2020, 17:44 - atualizado em 12 maio 2020, 18:11
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Quebra-cabeça: Guide montou carteiras de acordo com perfil do investidor (Imagem: Pixabay/@nattanan23)

Os investidores encontram-se, atualmente, entre o fogo e a frigideira. De um lado, a taxa básica de juros (Selic) está no menor patamar da história (3% ao ano), o que reduz a rentabilidade de títulos atrelados a ela.

De outro, a crise econômica gerada pelo coronavírus aconselha cautela ao investir no mercado de ações. O que fazer, então? Será possível balancear a carteira de investimentos, a fim de obter ganhos satisfatórios, sem assumir riscos desproporcionais? Para a Guide Investimentos, a resposta é sim.

A gestora divulgou, nesta terça-feira (12), seu relatório de alocação de recursos para maio, dividindo as sugestões de acordo com o perfil – do ultraconservador, que não admite nenhuma perda de capital, até o agressivo, que aceita tomar muito risco, em troca de ganhos maiores.

Sem atrativos

Apesar da predisposição de cada indivíduo, a orientação geral da Guide, para maio, é reduzir a exposição a títulos de renda fixa pós-fixados (aqueles em que o investidor saberá quanto ganhou, apenas no vencimento da aplicação). O motivo é que a Selic já está baixa, e nada indica que voltará a subir tão rápido.

Isso não significa, contudo, que os títulos pré-fixados ou atrelados à inflação sejam os mais indicados. A Guide recomenda uma posição neutra nesses papéis, embora existam boas alternativas para quem se dispuser a garimpar o mercado.

“Acreditamos que ainda é possível que as taxas [de juros] se mantenham baixas por um período prolongado, o que seria positivo para títulos com vencimentos intermediários”, afirma o relatório. “Porém, dado o balanço de riscos fiscais e políticos, mantivemos o posicionamento neutro para maio.”

Outra classe de ativos que inspira cautela da gestora, neste mês, são as ações. A recomendação neutra deve-se também aos riscos fiscais e políticos citados anteriormente. A Guide frisa, contudo, que segue com perspectivas otimistas para a Bolsa, no longo prazo (acima de dois anos).

Onde está o jogo?

Quem sobra, então? O relatório recomenda aumentar a exposição em fundos multimercados, considerados “veículos interessantes para busca de retornos mais robustos”.

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Diversificação: multimercados permitem aplicar em vários ativos, como dólar, ações e renda fixa (Imagem: Pixabay/qimono)

Como se sabe, estes são os fundos que aplicam em mais de uma classe de ativos (títulos de renda fixa, ações, câmbio etc.) para melhorar seu desempenho.

Os fundos imobiliários também estão em alta na Guide, que recomenda aumentar a exposição a eles. A gestora aponta uma série de fatores convergindo para os FIIs: a possibilidade de novos cortes na Selic; os descontos das cotas, em relação ao valor patrimonial dos fundos; e prêmio de risco acima da média histórica.

Estas são as peças, mas como montá-las de acordo com o seu perfil? A Guide estabeleceu cinco perfis de investidor: ultraconservador (não admite nenhuma perda de capital); conservador (não admite perda de capital relevante); moderado (baixa tolerância a risco); arrojado (elevada tolerância a risco, em troca de retorno alto); e agressivo (altíssima tolerância ao risco e horizonte longo de investimentos).

Em abril, a maioria das carteiras recomendadas para cada perfil superou a meta proposta. A única a não batê-la foi a carteira ultraconservadora, que rendeu 0,23% (81% do CDI, ante a meta de 105% do CDI).

As demais tiveram desempenho bem melhor: conservadora, 0,44% (155% do CDI, ante meta de 110% do CDI); moderada, 1,73% (607% do CDI, ante meta de 120%); arrojada, 3,25% (1.139% do CDI, ante meta de 135%); e agressiva, 4,90% (1.720% do CDI, ante meta de 150%).

Veja, a seguir, as carteiras propostas pela Guide para maio, conforme o seu perfil.

Carteira ultraconservadora
Classe de ativo % de alocação
Renda fixa 100%
Pós-fixado 100%
Meta 105% do CDI
Horizonte mais de 6 meses

 

Carteira conservadora
Classe de ativo % de alocação
Renda fixa 80%
Pós-fixado 70%
Inflação/prefixado 10%
Multimercado 20%
Macro 10%
Long Short 5%
COE 5%
Meta 110% do CDI
Horizonte mais de 1 ano

 

Carteira moderada
Classe de ativo % de alocação
Renda fixa 60%
Pós-fixado 50%
Inflação/prefixado 10%
Multimercado 30%
Macro 20%
Long Short 5%
COE 5%
Renda variável 5%
Valor 2,50%
Long biased 2,50%
Imóveis 5%
Fundos imobiliários 5%
Meta 120% do CDI
Horizonte mais de 1,5 ano

 

Carteira arrojada
Classe de ativo % de alocação
Renda fixa 45%
Pós-fixado 35%
Inflação/prefixado 10%
Multimercado 35%
Macro 27,50%
Long Short 7,50%
COE 5%
Renda variável 15%
Valor 7,50%
Long biased 7,50%
Imóveis 5%
Fundos imobiliários 5%
Meta 135% do CDI
Horizonte mais de 2 anos

 

Carteira agressiva
Classe de ativo % de alocação
Renda fixa 30%
Pós-fixados 20%
Inflação/prefixado 10%
Multimercados 35%
Macro 22,50%
Long Short 7,50%
COE 5%
Renda variável 30%
Valor 15%
Long biased 15%
Imóveis 5%
Fundos imobiliários 5%
Meta 150% do CDI
Horizonte mais de 3 anos

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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