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Ações verdes caem no gosto de investidor e superam petróleo e gás

04 ago 2020, 17:32 - atualizado em 04 ago 2020, 17:32
Petróleo
Agora, as energias solar e eólica são baratas, estabelecidas e desejadas tanto por concessionárias quanto por corporações (Imagem: REUTERS/Nick Oxford)

Mesmo enquanto a pandemia continua a reduzir gastos dos consumidores e achatar os preços do petróleo, investidores redobram as apostas em empresas de tecnologia limpa.

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As ações estão agora perto de nível recorde, mais um sinal de que as energias eólica e solar não são mais apostas secundárias.

A ação da montadora de carros elétricos Tesla chamou muita atenção, com salto de 251% neste ano. Mas a valorização da ação reverbera pelo setor de tecnologia limpa, desde instaladores solares a fornecedores de células de combustível e empresas eólicas.

O preço do papel da Vivint Solar triplicou, e o da Sunrun quase triplicou, enquanto as ações da Sunnova Energy International e da Enphase Energy dobraram. O índice de inovação global WilderHill New Energy, de 87 empresas, subiu 31% desde janeiro, eclipsando o ganho de 22% da Nasdaq – e atingindo máximas vistas pela última vez há 12 anos.

É uma mudança notável desde a última grande crise econômica em 2008, quando investidores fugiram do setor de energias renováveis, que era quase completamente dependente de subsídios de governos – e visto por muitos como experimentos científicos.

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Agora, as energias solar e eólica são baratas, estabelecidas e desejadas tanto por concessionárias quanto por corporações.

Trilhões de dólares públicos e privados devem ser investidos em projetos de energia limpa na próxima década. E, embora alguns setores verdes ainda estejam marcados por um histórico de altos e baixos, até investidores de energia afetados pela desvalorização do petróleo estão olhando para a tecnologia limpa. As ações do setor de gás e petróleo caíram cerca de 40% neste ano.

“Nunca recebi tantas ligações de pessoas que desejam aprender sobre o assunto”, disse Jeffrey Osborne, analista da Cowen & Co., que cobre energia limpa há 15 anos.

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bloomberg@moneytimes.com.br