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Açúcar aguenta os 20 c/lp só com enxurrada de etanol, mas não vai acontecer, avalia Safras

19 abr 2022, 10:04 - atualizado em 19 abr 2022, 10:07
Açúcar
Moagem de cana está lenta, mas a produção de açúcar vai aumentar logo mais (Imagem: REUTERS/Khalid al-Mousily)

Pode-se se atribuir a queda do açúcar na sessão desta terça (19) na ICE Futures ao enfraquecimento do petróleo e sua influência sobre o etanol, mas o fato é que a commodity nunca aguenta muito tempo acima dos 20 centavos de dólar por libra-peso, como fechou na véspera após cinco dias nessa casa.

Pode até voltar a transitar, saindo dos 19,92 c/lp, em recuo de 1,73%, desta passagem do dia (10 horas, de Brasília), por pouco tempo, até que a safra do Centro-Sul encorpe.

“A moagem começou lenta, mas na virada do mês começa a entrar mais açúcar”, diz o analista Maurício Muruci.

Mesmo a tendência de o mix ser mais alcooleiro nesta safra de cana, o que em tese provocaria menor produção do adoçante, ainda é considerado frágil para apoiar os preços em Nova York.

Só que a safra andando vai ter mais usina aprontando etanol e a “paulada” que vinha tendo nos preços vai ser quebrada. “Já caiu esses dias, pouco, mas é um começo, e pode descer até o R$ 4 na usina, ou mais”, pontua Muruci.

Nesse sentido, o aumento da produção do biocombustível, como se destaca por aí, deve ser menor.

Outro ponto que o analista da Safras & Mercado destaca é que o recorde exportador da Índia, de 8 milhões de toneladas, não tem base para fortalecer as cotações futuras.

O açúcar indiano, afirma, é de safra velha, recém-concluída, e mesmo que implique em déficit grave no balanço interno do país não muda nada.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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