Açúcar amplia alta com foco na Índia e Brasil

Os preços futuros do açúcar bruto subiram nesta quinta-feira, ampliando os ganhos recentes, impulsionados pelo clima seco no Brasil e pela deterioração das perspectivas de produção na Índia.
Os contratos futuros do açúcar bruto fecharam em alta de 0,39 centavo de dólar, ou 2,1%, a 19,25 centavos de dólar por libra-peso, com o mercado subindo cerca de 6% na última semana.
“A alta dos preços refletiu as preocupações contínuas com os volumes de chuvas no Brasil e a deterioração das expectativas de produção de açúcar na Índia”, disse o Rabobank em uma nota.
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É provável que a Índia produza 26,4 milhões de toneladas métricas de açúcar durante a atual temporada até setembro, disse a Associação Indiana de Usinas de Açúcar na quinta-feira, 2,94% abaixo de sua estimativa anterior de 27,2 milhões de toneladas.
Os comerciantes disseram que havia um sentimento crescente de que a cota de exportação de 1 milhão de toneladas da Índia não seria totalmente cumprida.
O açúcar branco subiu 1%, para US$538,70 a tonelada métrica.
Cacau
O cacau em Londres caiu 148 libras, ou 2,3%, para 6.341 libras por tonelada.
Os comerciantes disseram que parece haver apetite para receber a entrega do contrato de março, que vence na sexta-feira, e foi indicado com um prêmio de cerca de 108 libras para maio em comparação com um desconto de cerca de 78 libras no fechamento de quarta-feira.
A posição em aberto no contrato de março ficou em 2.821 lotes, equivalentes a 28.210 toneladas de cacau. O cacau em Nova York caiu 2,2%, para US$8.172 por tonelada.
Café
O café robusta fechou em alta de US$20, ou 0,4%, a US$ 5.528 por tonelada.
Os comerciantes disseram que o mercado do robusta foi sustentado pelo ritmo lento das vendas dos agricultores no Vietnã, o maior produtor.
“Os agricultores ainda podem ter de 30% a 40% de seus estoques. Eles esperam preços mais altos”, disse um negociante baseado no cinturão cafeeiro do Vietnã.
Café arábica caiu 0,3%, a US$3,857 por libra-peso.
As exportações de café do Brasil caíram 12% em fevereiro, segundo o grupo de exportadores Cecafé, devido à baixa disponibilidade de grãos.