Commodities

Açúcar atinge o menor preço desde setembro de 2018

01 abr 2020, 20:17 - atualizado em 01 abr 2020, 20:17
Açúcar
O açúcar também é pressionado pelo enfraquecimento do real, o que tende a fazer com que exportadores brasileiros vendam commodities em dólar (Imagem: REUTERS/Jose Cabezas)

Os preços do açúcar bruto na ICE recuaram para os menores níveis em um ano e meio nesta quarta-feira, com os vencimentos para maio e julho atingindo mínimas de contrato, diante de temores de que a pandemia de coronavírus afetará a demanda e de apostas de que a queda nos preços do petróleo fará com que usinas de cana do Brasil produzam mais açúcar e menos etanol.

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O café também caiu, acompanhando a maior parte das commodities.

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Açúcar

O contrato maio do açúcar bruto fechou em queda de 0,38 centavo de dólar, ou 3,6%, a 10,04 centavos de dólar por libra-peso, menor nível desde setembro de 2018.

O açúcar parece ser o que mais sofre com a crise global, mais do que qualquer outra commodity agrícola”, disse um operador. Ele citou o “golpe duplo” da expectativa de redução na demanda global e do aumento de produção no Brasil, o que reduz as chances de um novo déficit em 2020/21.

O açúcar também é pressionado pelo enfraquecimento do real, o que tende a fazer com que exportadores brasileiros vendam commodities precificadas em dólar, uma vez que os retornos aumentam nos termos da moeda local.

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“Nós estamos neste momento sob a influência de preços mais baixos do petróleo e do enfraquecimento do real ante o dólar para cerca de 5,25, o que parece estar encorajando os vendedores a voltar ao mercado, com sinais de precificação por produtores no curto prazo, antes de o contrato maio expirar no final deste mês”, disse Jon Whybrow, analista da trading Czarnikow.

O açúcar branco para maio recuou 11,10 dólares, ou 3,1%, para 342 dólares por tonelada, embora as perdas tenham sido limitadas pela disrupção das exportações e cadeias de oferta devido ao “lockdown” na Índia, levando consumidores a formar estoque.

Os estoques certificados pela ICE continuam em queda, recuando para 1,98 milhão de sacas (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Café

O contrato maio do café arábica fechou em queda de 3,55 centavos de dólar, ou 3%, a 1,16 dólar por libra-peso, com o mercado se ajustando depois de avançar quase 10% no mês passado, sendo uma das poucas commodities do mundo a fazê-lo.

Os estoques certificados pela ICE continuam em queda, recuando para 1,98 milhão de sacas, menor nível em quase dois anos, o que indica forte demanda em um momento em que torrefadoras formam estoques do grão temendo interrupções às cadeias de oferta.

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O café robusta para maio recuou 15 dólares, ou 1,3%, para 1.171 dólares por tonelada.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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