Trigo sobe mais de 4% em Chicago com cobertura de posições vendidas e açúcar bruto atinge mínima de 4 anos e

Os contratos futuros do trigo negociados na bolsa de Chicago subiram mais de 4% nesta quarta-feira, uma vez que os problemas climáticos em partes dos Estados Unidos e da Europa, juntamente com sinais de novos negócios de exportação global, levaram os especuladores a cobrir posições vendidas antes de um feriado nos EUA na quinta-feira, disseram os traders.
Os fundos de commodities detêm uma grande posição líquida vendida nos futuros do trigo da CBOT, deixando o mercado vulnerável a altas de cobertura de posições vendidas.
O trigo subiu 25,25 centavos, ou 4,6%, a US$5,7425 por bushel.
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A colheita do trigo de inverno dos EUA teve um início lento em Oklahoma e Kansas devido às condições úmidas.
A agência estatal de grãos da Argélia comprou cerca de 550.000 a 570.000 toneladas métricas de trigo para moagem em uma licitação internacional encerrada na terça-feira, disseram traders europeus.
Os preços do trigo europeu subiram devido à alta nos mercados dos EUA, ao clima seco na Rússia e a um aumento nas projeções de exportação do trigo francês.
Os contratos futuros de soja fecharam em alta em Chicago, impulsionados por um aumento de 4% no trigo, mas o contrato de referência de soja de julho reduziu a maior parte de seus ganhos depois de estabelecer uma máxima de um mês.
A soja julho fechou em alta de 0,75 centavo, a US$ 10,7475 por bushel, diminuindo depois de atingir US$10,7975, seu nível mais alto desde 14 de maio.
O milho fez o mesmo movimento, subindo 2 centavos para US$4,335 per bushel.
Açúcar
Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE atingiram o nível mais baixo em quatro anos nesta quarta-feira, influenciados pelas expectativas de que o aumento da produção na Índia e na Tailândia poderia desencadear um excedente global, enquanto o café robusta caiu para o nível mais baixo em mais de um ano.
O açúcar bruto recuou 1,2%, a 15,88 centavos de dólar por libra-peso, o menor valor desde abril de 2021.
Os comerciantes disseram que a produção no centro-sul do Brasil também foi mais forte do que o esperado nas últimas semanas.
A cana-de-açúcar colhida na safra 2025/26 pelos parceiros da Copersucar do Brasil, a maior comercializadora de açúcar do mundo, deve atingir ou exceder os níveis de 2024/25, disse o presidente da empresa, Tomas Manzano, na terça-feira.
O açúcar branco também atingiu uma mínima de quase quatro anos, de US$458,70 por tonelada, mas se recuperou e fechou em alta de 0,8%, a US$469,10 por tonelada.
Café
Café robusta caiu 6,4%, para US$3.891 por tonelada, o menor valor desde maio de 2024.
Os negociantes disseram que a colheita de uma safra maior de conilon esperada no Brasil estava em andamento, embora retardada pelas chuvas recentes, e que há previsão de uma grande safra no Vietnã, maior produtor de robusta, o que garante que os suprimentos permanecerão amplos.
O café arábica caiu 3,1%, fechando em US$3,223 por libra-peso, o menor valor desde janeiro.
A Cooxupé, a maior cooperativa de café do Brasil, informou na quarta-feira que seus agricultores haviam colhido 17,8% da safra esperada para 2025 até 13 de junho, abaixo dos 26,6% registrados no mesmo período do ano passado, por conta de chuvas.