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Açúcar bruto salta 4,5% na ICE; café arábica tem nova máxima de 3 anos e meio

27 abr 2021, 17:44 - atualizado em 27 abr 2021, 17:44
Café
 O contrato julho do café arábica fechou em alta de 2,55 centavos de dólar (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Os contratos futuros do açúcar bruto negociados na ICE avançaram 4,5% nesta terça-feira, com fundos ampliando compras em meio a fundamentos positivos e sinais macroeconômicos favoráveis.

Os futuros do café arábica cravaram uma nova máxima de três anos e meio, diante de expectativas de aperto nas ofertas nos próximos meses.

Açúcar

* O contrato maio do açúcar bruto fechou em alta de 0,77 centavo de dólar, ou 4,5%, para 17,94 centavos de dólar por libra-peso, mais alto patamar desde 25 de fevereiro. O contrato expira na sexta-feira.

* Operadores disseram que o tempo mais seco que o normal fez com que as preocupações relacionadas ao desenvolvimento da safra do Brasil aumentassem. Fatores macroeconômicos, acrescentaram eles, também favoreceram compras no mercado futuro.

* “O ímpeto segue forte e é provável que apenas encoraje mais compras”, disse em nota Tobin Gorey, analista do Commonwealth Bank of Australia, acrescentando que o mercado superou a resistência recente na sessão de segunda-feira.

* A produção de açúcar do centro-sul do Brasil recuou 35% na primeira quinzena de abril ante igual período do ano passado, já que menos usinas deram início à moagem e o teor de açúcar na cana ficou aquém do registrado na safra anterior.

* O açúcar branco para agosto avançou 14,90 dólares, ou 3,2%, para 480,40 dólares a tonelada.

Café

* O contrato julho do café arábica fechou em alta de 2,55 centavos de dólar, ou 1,8%, a 1,459 dólar por libra-peso, maior nível desde agosto de 2017.

* Operadores disseram que o fato de o vencimento ter rompido níveis de resistência recentemente, incluindo uma máxima de 1,4220 dólar estabelecida pelo contrato julho em fevereiro, ajudou a gerar compras técnicas.

* O Commerzbank destacou em atualização diária que a safra do Brasil –maior produtor global da commoditties -, onde a colheita já teve início, deve recuar 30% em relação ao ano passado.

* A demanda também está começando a recuperar força, uma vez que os rápidos programas de vacinação nos Estados Unidos e na China deixam os clientes mais confortáveis para o consumo de café fora de casa.

* A exportadora Comexim disse que a alta recente do café levou os produtores brasileiros a vender os estoques remanescentes antes do início da nova colheita.

* “A nova safra está aparecendo em nossos centros de compra, embora ainda em pequenas quantidades. Pode ser cedo para se ter uma boa noção da qualidade da safra que se aproxima, mas as primeiras amostras são animadoras”, afirmou a Comexim.

* O café robusta para julho avançou 21 dólares, ou 1,5%, para 1.461 dólares a tonelada.

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