Sucroenergia

Açúcar descola do petróleo e cai mesmo com safra antecipada da Ásia

18 jun 2020, 11:01 - atualizado em 25 jun 2020, 23:37
Açúcar
Açúcar voltou a encontrar barreira que limita a possibilidade de novas altas (Imagem: REUTERS/Sergio Moraes)

O açúcar no pregão da ICE Futures, de Nova York, está descolado do petróleo nesta quinta (18), ao menos momentaneamente. O barril vai em campo positivo (0,59%/US$ 40,96) em Londres e o adoçante recua.

Nas últimas sessões a situação também foi a mesma. A sustentação do açúcar estava vindo da possibilidade de a oferta global ficar mais curta, com o fim praticamente da safra asiática.

Mas de alcance limitado, informa Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado. De modo que a tendência, até agora, às 11 horas (Brasília), é o mercado realizar lucros. O vencimento julho desceu para 11,89 c/lp, em menos quase 2%, e o driver, outubro, em 12 c/lp, cai na mesma base.

“Era esperado que o açúcar subisse até os 12.50 centavos de dólar por libra-peso e depois voltasse”, avalia, lembrando que durante pregão de 10 de junho o contrato outubro atingiu a máxima de 12.40 c/lp.

Para os exportadores brasileiros, o reflexo será pouco sentido, a persistir essa tendência.

Houve muita fixação de preços, especialmente no período no qual o dólar estava na faixa dos R$ 5,50, tanto que as entregas atuais estão congestionando o Porto de Santos, com atrasos em terminais de mais de 30 dias, como o da Rumo.

Tem pouco açúcar a ser embarcado. O que, inclusive, já foi objeto de alerta de analistas internacionais para problemas na oferta do segundo semestre – frisando, novamente, a paralisação nas operações da Índia, principalmente -, embora Nova York ainda não esteja precificando.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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