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Açúcar: estoques indianos e gatilho de preços fora da cota de exportações servem de frenagem

08 jul 2021, 17:32 - atualizado em 08 jul 2021, 17:32
Cana-de-açúcar
Safra indiana de cana-de-açúcar está a três meses de findar e as exportações de açúcar prosseguem fora da cota (Imagem: REUTERS/Rajendra Jadhav)

O tamanho do cobertor indiano de abastecer o mercado de açúcar internacional fora da cota subsidiada pelo governo é o que está ditando e deverá ditar os preços em uns bons pares de dias.

Os 18,50 centavos de dólar por libra-peso que a commodity chegou, para entrega em outubro, não se verá mais.

Como aconteceu nesse dia da semana passada, no auge do susto com as geadas sobre a cana em São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul, a Índia disparou a exportar, o mercado ficou saturado e, desde então, não parou mais de cair, avalia o analista Maurício Muruci, da Safras & Mercado.

Nesta quinta, recuou mais 2% aproximadamente, fechando em 17,45 c/lp em Nova York.

Para Muruci, com chances de as usinas indianas terem em torno de 3 milhões de toneladas de açúcar sobrando e com as exportações remunerando satisfatoriamente dos 17,50 c/lp para cima, servirá de freio para novas máximas nas cotações internacionais.

Pelos dados da Safras, as indústrias da Índia já esgotaram a conta de 6 milhões/t em vendas externas subsidiadas.

Houve até notícias recentes, com base em fontes locais, de que haveria uma sobra de 1 milhão/t ainda, mas Muruci não acredita. A pressão seria muito maior se as usinas divulgassem os números reais.

Em resumo, acima do patamar atual, a Índia entra pesado vendendo e a oferta derruba as cotações.

Portanto, fica meio que estabelecido um freio.

Mas o analista da Safras não acredita que haja fundo do poço abaixo dos 17 c/lp, porque ainda tem a contabilidade que vai ser conhecida dos danos causados pela geadas no Brasil.

 

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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