Açúcar

Açúcar: Índia acena com mais ajuda às exportações e cotações renovam baixas

12 jul 2019, 17:08 - atualizado em 12 jul 2019, 17:46
Açúcar de cana segue sem sustentação na ICE Futures

Índia, sempre Índia. Já não fosse o subsídio às usinas de açúcar, que aferem até 13 cents de dólar por libra-peso, o governo voltou a ventilar injetar mais ajuda ao setor. E com o peso da oferta sobrando, num mercado global sentado em grandes estoques, Nova York (ICE Futures) renova a tendência de baixas de todos os contratos futuros, especialmente o driver de outubro. ´

Agora os indianos cogitam reforçar novos estímulos às exportações, dos cerca de 4 milhões de toneladas para algo entre 5 a 6 na próxima temporada.

Mesmo o recuo previsto de 33 milhões/t para 30 milhões/t na produção não tira folga do excedente e os fundos saem das compras, completa Maurício Muruci, da Safras & Mercado, que verificou o reforço da tendência daquele governo em seguir ajudando os produtores a escoarem a produção face a um mercado interno que não cresce.

“Se o açúcar mantiver os 12.30 c/lp (fechamento do outubro nesta sexta, 12, 8 pontos menor que na véspera), é capaz do mercado partir para uma realização de lucros que pode fazer a commodity despencar para 12 ou 11.95”, analisa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Brasil

Os fundamentos brasileiros poderiam até ajudar, ainda que levemente, mas batem no paredão da oferta global de mais de 4 milhões de toneladas (USDA), com o recheio indiano, e param.

São eles: as geadas do final da semana passada (tirando um pouco de matéria-prima), ainda sendo balizadas, safra mais etanoleira (tirando um pouco mais de açúcar do mix) e real mais forte (tirando fixações do adoçante no mercado internacional pela remuneração menor).

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.