Meio Ambiente

Adiamento de cúpula climática reduz pressão por metas ambiciosas

02 abr 2020, 14:28 - atualizado em 02 abr 2020, 14:28
Tufão Furação Mudança Climática Meio Ambiente
Países apresentaram propostas preliminares quando negociaram o Acordo de Paris em 2015 e o objetivo era atualizá-las este ano (Imagem: Unsplash/@michael_meigs)

Adiar a rodada anual de negociações sobre o clima global reduz a pressão política para que países estabeleçam metas mais ambiciosas para reduzir gases de efeito estufa, um grande revés para o movimento ambiental.

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A cúpula das Nações Unidas, com a participação de quase 200 países, estava marcada para novembro na Escócia e foi adiada por causa do coronavírus, que tem provocado o cancelamento de vários eventos. A conferência, conhecida como COP26, será realizada em 2021.

O encontro deste ano tinha como objetivo estabelecer compromissos mais ambiciosos para reduzir a poluição de combustíveis fósseis que prejudicam a atmosfera.

Países apresentaram propostas preliminares quando negociaram o Acordo de Paris em 2015 e o objetivo era atualizá-las este ano. O adiamento da cúpula também atrasa esse marco. Para a União Europeia, que avalia mudanças mais amplas, o atraso reduz a pressão por ações imediatas.

“A UE já está dividida entre sua ambição climática e a necessidade imediata de mitigar a crise, sendo esta última a prioridade de estados”, disse Lidia Wojtal, especialista em clima de Berlim, envolvida nas negociações globais desde 2007.

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“O adiamento da COP26 pode diminuir as expectativas de revisar rapidamente a meta da UE para 2030, especialmente porque é improvável que outros países avancem tão cedo.”

A crise viral chegou quando a UE começava a aprovar sua ambiciosa estratégia Green Deal para se tornar o primeiro continente neutro em emissões de carbono até 2050.

Esse programa prevê dezenas de medidas para acelerar a redução de gases de efeito estufa, incluindo um plano para elevar a meta de 2030 para um corte de 50% ou até 55%. A meta atual é reduzir as emissões em 40% em comparação com os níveis de 1990.

A Comissão Europeia planeja propor uma nova meta para 2030 em setembro, após uma análise de como políticas mais rígidas de redução de emissões afetariam a economia.

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