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Adidas diz que tarifas dos EUA adicionarão US$ 231 milhões aos custos do segundo semestre

30 jul 2025, 6:07 - atualizado em 30 jul 2025, 6:10
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Acordo dos EUA com Vietnã e Indonésia encarecem produtos da Adidas desses países (Unsplash/Jason Blackeye)

A Adidas disse nesta quarta-feira (30) que as tarifas mais altas dos Estados Unidos adicionarão cerca de 200 milhões de euros (US$ 231 milhões) aos seus custos no segundo semestre, tendo impactado também seus resultados do segundo trimestre em “dezenas de milhões” de euros.

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Os EUA disseram no início deste mês que imporiam uma tarifa de 20% sobre muitas exportações do Vietnã e uma tarifa de 19% sobre produtos da Indonésia, ao firmar acordos comerciais com esses países.

Vietnã e Indonésia, os dois maiores países de fornecimento da Adidas, representavam, respectivamente, 27% e 19% dos produtos da empresa até 2024.

“Também não sabemos qual será o impacto indireto sobre a demanda do consumidor, caso todas essas tarifas causem uma grande inflação”, disse em comunicado o CEO da empresa, Bjorn Gulden, enquanto a fabricante de roupas esportivas confirmou sua projeção para o ano.

A marca esportiva alemã disse que seus estoques subiram 16%, totalizando 5,26 bilhões de euros no final de junho, já que antecipou compras de produtos para os EUA antes das tarifas.

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As vendas líquidas, ajustadas pelas variações cambiais, subiram 2,2%, para 5,95 bilhões de euros (US$ 6,88 bilhões) no trimestre, aproximadamente em linha com a estimativa média dos analistas de 6,2 bilhões de euros, segundo dados compilados pela LSEG.

Esse número inclui um impacto negativo de cerca de 300 milhões de euros devido ao fortalecimento do euro frente a várias moedas, disse a empresa.

A margem bruta da empresa aumentou 0,9 ponto percentual, chegando a 51,7% no trimestre, à medida que a redução de descontos e os menores custos de produtos e frete compensaram os impactos das moedas e tarifas.

O lucro operacional trimestral foi de 546 milhões de euros, acima das expectativas dos analistas de 520 milhões de euros, segundo dados da LSEG.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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