Comprar ou vender?

Aegea, Iguá e Equatorial poderão te pedir ajuda para crescer em saneamento

27 ago 2020, 15:43 - atualizado em 27 ago 2020, 15:50
Saneamento
São necessários investimentos de R$ 700 bilhões para a universalização dos serviços, enquanto as privatizações podem exigir outros R$ 100 a R$ 150 bilhões (Imagem: Wikimedia Commons)

Com o Marco de Saneamento posto à mesa, chegou a hora das empresas do setor abrirem o bolso e investirem na área. Três ativos do setor já estão prontos para serem leiloados ainda em setembro e outros 19 aguardam aprovação.

Nesse cenário, players precisarão entrar no mercado para listar ou aumentar capital para buscarem essas oportunidades. Aegea, Igua e Equatorial (EQTL3) estão entre os candidatos, afirma a Ágora em relatório enviado a clientes nesta quinta (27).

“Vale lembrar que são necessários investimentos de R$ 700 bilhões para a universalização dos serviços, enquanto as privatizações podem exigir outros R$ 100 a R$ 150 bilhões”, destacam os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França, que assinam o relatório.

Estatais

Enquanto as empresas privadas não entram na dança, o Bradesco BBI atualizou as estimativas para Sanepar (SAPR11) e Copasa (CSMG3), introduzindo novos preços-alvo para 2021.

As recomendações permanecem de compra para a Sabesp (SBSP3) – pensando em uma eventual privatização, e com preço-alvo de R$ 70 – e para a Sanepar (ativo mais descontado e com preço-alvo de R$ 40). Para Copasa, a recomendação permanece neutra (e preço-alvo de R$ 64).

Sabesp
O humor dos investidores azedou quando o governador paulista, João Doria, praticamente sepultou a esperança deles de verem a privatização (Imagem: YouTube/Sabesp)

Capitalização vs Privatização

Quem acompanha o cotidiano do mercado sabe que investidores e analistas acreditam e desconfiam com a mesma paixão e intensidade. Um novo exemplo dessa capacidade de dar um cavalo-de-pau nas expectativas vem da Sabesp.

O humor dos investidores azedou quando o governador paulista, João Doria, praticamente sepultou a esperança deles de verem a privatização da companhia de saneamento. Doria afirmou que, em vez disso, a Sabesp deverá passar por um processo de capitalização.

Neste modelo, o governo paulista criaria uma holding para agrupar as ações da empresa que detém. Em seguida, uma fatia inferior a 50% seria vendida ao mercado. O dinheiro iria para a Sabesp.

De qualquer modo, com 2020 já na reta final, o mercado questiona se Doria terá tempo até mesmo para concluir a capitalização antes do término de seu mandato. É o que expressa, com clareza, Gabriel Francisco, da XP Investimentos, no relatório que enviou aos clientes.

“Ainda que notícias apontem que um processo de privatização da Sabesp não esteja descartado e poderia ocorrer em uma etapa posterior à capitalização, a dúvida que fica é com relação ao tempo hábil para se completar ambos os processos de capitalização e privatização no atual mandato do governador, até 2022”, afirma.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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