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Afinal, Itaú (ITUB4) está caro ou barato? UBS BB dá o seu veredito

21 ago 2025, 15:56 - atualizado em 21 ago 2025, 15:56
Itaú
O UBS BB recorda que a rentabilidade do Itaú atingiu 23,3% no segundo trimestre, o maior patamar desde o quarto trimestre de 2015 (Imagem: Divulgação)

O Itaú (ITUB4) é um dos favoritos dos analistas há anos. Sempre entregando o que promete, o banco tem a preferência de muitas casas. Porém, o problema pode estar no preço.

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Em 2025, o banco renova recordes históricos, com alta de 30%, R$ 36. Em relatório, o UBS BB deu o seu veredito.

Apesar de elogiar a operação do banco, a casa manteve a recomendação neutra. O preço-alvo subiu de R$ 40 para R$ 41, potencial de 13%.

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Os analistas também elevaram levemente a projeção de lucro para 2025 para R$ 47 bilhões (+1%) e para 2026 para R$ 52 bilhões (+2%).

O banco projeta retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 23,4% em 2025 e 24,3% em 2026.

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“A sólida receita do banco no trimestre e a qualidade de ativos controlada foram os principais vetores das revisões”.

Alavancagem e eficiência: motores da recuperação da rentabilidade do Itaú

O UBS BB recorda que a rentabilidade do Itaú atingiu 23,3% no segundo trimestre, o maior patamar desde o quarto trimestre de 2015 (e 280 pontos-base acima da média dos últimos 10 anos).

“Os ROAEs de suas operações de varejo e atacado estão bem acima das médias históricas, enquanto o segmento de ALM (gestão de ativos e passivos, em tradução livre) ainda está atrasado no processo de recuperação”.

Dois principais fatores explicam a expansão da rentabilidade, segundo o UBS BB:

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  1. maior alavancagem, resultado da combinação de mudanças no mix do varejo e de alterações regulatórias;
  2. melhora no índice de eficiência (cost-to-income), que foi significativamente reduzido nos últimos anos (tanto no varejo quanto no atacado), embora o banco ainda esteja atrás de seus principais pares latino-americanos — “indicando espaço para avanços adicionais”.

Itaú: Rentabilidade do varejo superou a do atacado

Os analistas dizem ainda que a rentabilidade do varejo está em clara trajetória de alta e alcançou 28% no segundo trimestre, o maior nível desde 2019.

Mesmo com um rendimento médio de crédito menor (devido ao mix de empréstimos), o segmento ganhou eficiência e reduziu o custo do risco.

Ao mesmo tempo, a alavancagem aumentou em razão da maior participação de operações com menor ponderação de ativos pelo risco (como hipotecas).

Já a rentabilidade do atacado do Itaú tem se mantido acima de 25% desde meados de 2022, sustentada por maiores spreads de crédito e ganhos de eficiência.

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No segundo trimestre, o ROAE do atacado foi praticamente o mesmo do BTG Pactual (BPAC11) (27%) – ambos também apresentam índices de eficiência muito próximos (38%–39%).

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.