Afinal, Itaú (ITUB4) está caro ou barato? UBS BB dá o seu veredito

O Itaú (ITUB4) é um dos favoritos dos analistas há anos. Sempre entregando o que promete, o banco tem a preferência de muitas casas. Porém, o problema pode estar no preço.
Em 2025, o banco renova recordes históricos, com alta de 30%, R$ 36. Em relatório, o UBS BB deu o seu veredito.
Apesar de elogiar a operação do banco, a casa manteve a recomendação neutra. O preço-alvo subiu de R$ 40 para R$ 41, potencial de 13%.
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Os analistas também elevaram levemente a projeção de lucro para 2025 para R$ 47 bilhões (+1%) e para 2026 para R$ 52 bilhões (+2%).
O banco projeta retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 23,4% em 2025 e 24,3% em 2026.
“A sólida receita do banco no trimestre e a qualidade de ativos controlada foram os principais vetores das revisões”.
Alavancagem e eficiência: motores da recuperação da rentabilidade do Itaú
O UBS BB recorda que a rentabilidade do Itaú atingiu 23,3% no segundo trimestre, o maior patamar desde o quarto trimestre de 2015 (e 280 pontos-base acima da média dos últimos 10 anos).
“Os ROAEs de suas operações de varejo e atacado estão bem acima das médias históricas, enquanto o segmento de ALM (gestão de ativos e passivos, em tradução livre) ainda está atrasado no processo de recuperação”.
Dois principais fatores explicam a expansão da rentabilidade, segundo o UBS BB:
- maior alavancagem, resultado da combinação de mudanças no mix do varejo e de alterações regulatórias;
- melhora no índice de eficiência (cost-to-income), que foi significativamente reduzido nos últimos anos (tanto no varejo quanto no atacado), embora o banco ainda esteja atrás de seus principais pares latino-americanos — “indicando espaço para avanços adicionais”.
Itaú: Rentabilidade do varejo superou a do atacado
Os analistas dizem ainda que a rentabilidade do varejo está em clara trajetória de alta e alcançou 28% no segundo trimestre, o maior nível desde 2019.
Mesmo com um rendimento médio de crédito menor (devido ao mix de empréstimos), o segmento ganhou eficiência e reduziu o custo do risco.
Ao mesmo tempo, a alavancagem aumentou em razão da maior participação de operações com menor ponderação de ativos pelo risco (como hipotecas).
Já a rentabilidade do atacado do Itaú tem se mantido acima de 25% desde meados de 2022, sustentada por maiores spreads de crédito e ganhos de eficiência.
No segundo trimestre, o ROAE do atacado foi praticamente o mesmo do BTG Pactual (BPAC11) (27%) – ambos também apresentam índices de eficiência muito próximos (38%–39%).