Agibank vai ao mercado e capta R$ 4 bilhões em debêntures para financiar crescimento

O Agibank captou R$ 4 bilhões em debêntures com o objetivo de financiar o crescimento. Com 5 milhões de clientes e mais de 1000 smart hubs, o banco vem expandido a sua atuação nos últimos meses.
No primeiro trimestre, viu o lucro saltar 62%, a R$ 350 milhões, com receita de R$ 2,6 bilhões. A carteira de crédito também cresceu em ritmo acelerado de 52%, a R$ 27 bilhões.
Já o ROE, que mede o retorno sobre o patrimônio líquido, atingiu marca de 45%, acima da média de grandes bancos, por exemplo.
De acordo com o Agibank, o valor será usado com o objetivo otimizar sua estrutura de capital, diversificar passivos e sustentar a expansão da carteira de crédito em condições eficientes.
Os recursos também serão integralmente direcionados à expansão da carteira de crédito, alongamento do perfil de passivos e aprofundamento da diversificação das fontes de captação da companhia.
“Seguimos comprometidos com disciplina de capital, crescimento sustentável e rentabilidade superior ao custo de capital”, afirma Marcello Dubeux, CFO e diretor de relações com investidores do Agibank.
A operação foi realizada em trinta e sete séries, com vencimento final em 74 meses, e remuneração de CDI + 1,00% ao ano, e pagamento de juros e principal ao final de cada série.
As debêntures contarão com lastro em operações de crédito originadas pelo banco, de acordo com critérios de elegibilidade previamente definidos.
Em abril, a Moody’s Local elevou o rating da instituição de A+.br para AA-.br. A agência destacou a sólida rentabilidade apresentada pelo banco em um momento de expansão e manutenção da qualidade dos ativos.
Agibank: Nome de peso no conselho
Essa não é a primeira cartada do Agibank para sustentar o crescimento.
No ano passado, o banco captou R$ 400 milhões do fundo de private equity Lumina Capital Management, liderado por Daniel Goldberg.
A transação avaliou o banco – especializado em crédito consignado e financiamentos voltados para a população de baixa renda – em R$ 9,3 bilhões e marca a entrada de Goldberg no conselho de administração da empresa.
Para ingressar no Agibank, Goldberg deixou o conselho de administração do Nubank, onde atuava desde o IPO da fintech.