Agricultores argentinos temem perdas devido à chuvas intensas no país

Chuvas fortes atingiram o centro agrícola da Argentina nos últimos dias, despejando até 400 mm em campos e estradas, disse um meteorologista na segunda-feira (19).
A precipitação — três a quatro vezes maior do que os níveis normais para maio — aumentou os temores dos agricultores de que as plantações de soja e milho na Argentina, um dos principais exportadores de grãos do mundo, poderiam sofrer perdas.
“A quantidade de água que caiu foi absolutamente absurda”, disse German Heinzenknecht, meteorologista da Applied Climatology Consulting.
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As fortes chuvas de quinta a sábado se somaram às chuvas já abundantes nos últimos meses, disse Heinzenknecht.
“Mesmo que tivesse chovido apenas 150 mm, ainda assim teríamos enfrentado inundações”, acrescentou.
Os agricultores têm enfrentado atrasos na colheita da atual safra de soja devido aos campos úmidos e às estradas lamacentas. O adiamento da colheita pode fazer com que as plantações desenvolvam doenças ou que as vagens das sementes se abram, causando também perdas.
A associação de agricultores CARBAP mostrou imagens de campos submersos e estradas agrícolas inundadas e intransitáveis.
As fortes chuvas também causaram inundações em algumas cidades da província de Buenos Aires, onde os moradores tiveram que ser retirados de suas casas.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja e farelo de soja e o terceiro maior exportador de milho.
Antes das chuvas mais recentes, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires estimava que as colheitas em andamento da safra de soja chegariam a 50 milhões de toneladas métricas e a safra de milho a 49 milhões de toneladas, respectivamente.
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