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Alegria do Brasil durou pouco: Gringos tiram bilhões da bolsa em janeiro; veja os números

02 fev 2024, 15:48 - atualizado em 02 fev 2024, 15:48
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Gringos vendem R$ 8,2 bilhões em ações em janeiro. (imagem: Getty Images)

B3 registrou em janeiro um número pra lá de negativo no fluxo de estrangeiros. Foram R$ 8,2 bilhões em retiradas só no primeiro mês do ano. No mesmo período, o Ibovespa acumulou perdas de quase 5%.

Segundo os últimos dados divulgados, de quarta-feira (31), os gringos retiraram R$ 1 bilhão no dia em que os mercados estavam na expectativa pela definição dos juros nos Estados Unidos e no Brasil, que ditariam os próximos passos.

No entanto, esta não foi a maior perda no mês. Janeiro registrou, no dia 19, a maior retirada de capital estrangeiro desde 2021, registrando R$ 3,4 bilhões negativos em um único dia.

No comparativo anual, janeiro de 2024 ficou ainda pior no quadro. Há um ano, o saldo do primeiro mês do ano era positivo em R$ 12,5 bilhões.

Mesmo com tantas saídas, os analistas seguem otimistas com os próximos meses da bolsa, o que pode chamar mais atenção dos investidores estrangeiros.

Expectativa de gringos na B3

O BTG Pactual aponta que uma combinação da queda das taxas de juros nos EUA e no Brasil com múltiplos relativamente baratos “podem preparar o terreno para que as ações brasileiras tenham um desempenho superior em 2024”.

Da mesma forma, o BB Investimentos observa que a bolsa tende a oferecer um dos melhores retornos entre as classes de ativos este ano.

Rafael Passos, analista da Ajax Asset, afirma que o movimento de saída dos estrangeiros da bolsa está relacionado com o ambiente macroeconômico e descarta os ruídos internos como causadores dessa debandada.

“O que a gente teve em janeiro foi uma mudança muito forte com relação a essa precificação dos juros nos Estados Unidos com as possibilidades de cortes que a gente tem ao longo deste ano. Mercado antes estava muito comprado em cortes em março e agora já não é mais um consenso”, explica Passos.

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
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