Educação Financeira

Além de apitar e comentar jogos, Arnaldo Cézar Coelho teve carreira mercado financeiro

18 set 2021, 13:13 - atualizado em 18 set 2021, 13:13
Arnaldo Cézar Coelho
O ex-árbitro e ex-comentarista de futebol é o convidado do podcast Mesa Pra Quatro. Ele conta como sua mãe influenciou a investir em imóveis e fala sobre a sua trajetória no mercado financeiro, um lado que poucos conhecem – confira agora

Arnaldo Cézar Coelho é uma personalidade conhecida no mundo do futebol. O que poucos sabem é que o ex-comentarista, famoso por comentar jogos na Rede Globo, muitos deles ao lado de Galvão Bueno, tem mais de quarenta anos de carreira no mercado financeiro, uma história paralela também de sucesso.

Ele participou do Mesa Pra Quatro, o podcast da Empiricus conduzido pelo CEO da casa Caio Mesquita, o ator Dan Stulbach e o consultor financeiro Teco Medina. A conversa foi longa, super interessante e abordou esses e muitos outros assuntos. 

Confira os melhores momentos:

Influenciado pela mãe – “A regra dela era essa, a regra é clara”, diz Arnaldo

Sobre seu lado de investidor, o ex-árbitro conta que tudo começou quando sua mãe, judia, o aconselhou a comprar um apartamento. Segundo ela, o melhor caminho seria um imóvel na planta, normalmente mais em conta, algo que valia muito a pena. 

“Minha mãe dizia: Arnaldo, compre um apartamento na planta, você se arrepende do que vende, não se arrepende do que compra. A regra dela era essa. A regra é clara”, conta Arnaldo

Ele diz que chegou a passar sufoco com essa compra: “Comprei o apartamento e era uma droga porque era obra sob uma administração péssima, não tinha o preço fechado.  Ainda tinha o seguinte: a mensalidade era pouca, mas o pagamento semestral era muito alto”, diz Arnaldo. Naquela época, ele atuava como professor de educação física.

Para conseguir pagar pelo imóvel, o ex-comentarista diz que seu irmão, que era auxiliar no pregão de uma corretora, sugeriu que ele fosse comprar letra de câmbio no Banco Safra localizado no segundo andar do prédio onde trabalhava.

O cartaz exposto na fachada do Banco informava: “letra de câmbio com vencimento de seis em seis meses”. Foi nesse momento que a vida no mercado financeiro de Arnaldo Cézar Coelho começou.

Depois de um tempo frequentando o banco e comprando letras de câmbio, Arnaldo conta que foi chamado para ser um agente autônomo.

“O senhor Lemos, botafoguense, que batia papo de futebol, me fez a proposta: seu Arnaldo, você é bom de conversa, gosta de futebol, gosta de samba, carioca, vem ser agente autônomo”, conta Arnaldo.

Um tempo depois, o chamaram para ser representante da área comercial de open market da corretora Multiplic: “Era um negócio qu e ninguém entendia, e eu não entendia o que era aplicar o dinheiro do caixa das empresas no overnight”.

Ele ressalta que, nessa  área, começou a aprender e logo se tornou gerente comercial e, depois, chegou ao cargo de diretor comercial. Tudo isso enquanto apitava jogos de futebol às quartas-feiras e aos domingos.

“O futebol era a grande vitrine. Eu ia apitar em Rio Grande do Sul e ia visitar o Banco do Estado, visitava a Fundação do Estado e outros clientes. E trazia tudo para a corretora que chamava-se Multiplic, que depois virou um Banco.” explica Arnaldo.

Após a corretora se transformar em um banco, ele foi chamado para trabalhar em São Paulo, mas devido a diversos fatores pessoais resolveu ficar no Rio de Janeiro. Mas, quem acha que esse foi o fim da trajetória de Arnaldo Cézar Coelho no mercado financeiro se engana.

Fundar uma distribuidora de valores? Pode isso, Arnaldo?

Não só pode, como aconteceu. Após recusar a proposta de trabalho em São Paulo, Arnaldo decidiu abrir sua própria distribuidora de valores.

Ele conduziu o negócio por 20 anos. A distribuidora especializada em operações com derivativos chamava-se Liquidez, e foi comprada em 2008 pelo grupo financeiro britânico BGC. Hoje, a distribuidora ainda funciona e chama-se BGC Liquidez.

“Montei uma empresa com oito funcionários, essa empresa durou vinte anos, eu vendi e, hoje, chama-se BGC liquidez, terminou com cento e cinquenta funcionários e fazia mercados futuros, não é bolsa de valores, fazia mercado futuro”, explica Arnaldo.

Ele conta, com orgulho, que sua distribuidora chegou a ser ranqueada em segundo lugar na lista feita pela BM&F. Quando perguntavam como ele havia conseguido, ele respondeu que era versátil:

“Eu digo que sei tomar conta e é o que eu fazia no futebol. Eu sei dirigir, eu sei motivar, e eu sei partir para outros negócios”, afirma.

A história de Arnaldo Cézar Coelho, que hoje tem 78 anos, vai muito além do futebol, seu sucesso no mercado financeiro é uma prova disso. O ex-comentarista fala sobre diversos assuntos e prende a atenção de todos neste episódio de Mesa Pra Quatro. Para ouvir o bate-papo completo, clique abaixo:

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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