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Além de Petrobras (PETR4): 3 ações de boas pagadoras de dividendos ‘não óbvias’ que analistas indicam

27 set 2022, 16:37 - atualizado em 27 set 2022, 16:37
Agronegócio, BrasilAgro
A BrasilAgro está conseguindo realizar investimentos em suas terras, gerando ganhos consistentes, com uma TIR (taxa interna de retorno) média de 22% ano a ano (Imagem: YouTube/BrasilAgro)

Quando o assunto é dividendo, a Petrobras (PETR3;PETR4) costuma ser o primeiro nome lembrado por analistas e investidores.

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Não é por acaso. A estatal surpreendeu na temporada de resultados do segundo trimestre ao anunciar a distribuição de R$ 6,73 por ação em dividendos, bem acima do que o mercado esperava. O Itaú BBA, por exemplo, aguardava dividendos de R$ 4 por ação.

O Credit Suisse acredita que a petroleira pode anunciar até US$ 9-12 bilhões em dividendos no terceiro trimestre de 2022, caso decida antecipar parcialmente a geração de caixa do quarto trimestre de 2022 para os dividendos do período.

Para a Genial Investimentos, a Petrobras deve continuar remunerando bem seus acionistas em 2023. A corretora prevê R$ 5,2 bilhões em dividendos no ano que vem, além de R$ 6 bilhões em proventos extraordinários, com rendimento em 16,6% para os dividendos regulares.

Em 2024, no entanto, os dividendos devem desacelerar a R$ 4,6 bilhões, enquanto os pagamentos extraordinários chegariam a R$ 1,2 bilhão, completa a Genial.

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Boas opções no agro

O mercado de ações brasileiro está repleto de boas empresas pagadoras de dividendos. Além de Petrobras e Vale (VALE3), existem alguns setores conhecidos pelos seus proventos, como bancos e elétricas.

Cavando mais, é possível encontrar boas opções em outras áreas, defendem analistas.

Guilherme Gentile, head de análise da Dividendos.me, citou dois papéis do agronegócio: Minerva (BEEF3) e BrasilAgro (AGRO3).

Além de pagar dividendos, essas duas empresas apresentam dinâmicas positivas, com a Minerva bem posicionada para se beneficiar de uma demanda por carne bovina brasileira e sul-americana ainda forte e a BrasilAgro colhendo os frutos dos seus investimentos.

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Segundo Gentile, com o suporte da demanda na América do Sul e no Brasil, os preços da carne bovina devem se manter elevados, o que beneficia diretamente a Minerva, “significando receitas e margens fortes para a empresa”.

Além disso, completa Gentile, o frigorífico deve se beneficiar de um consumo maior no mercado chinês.

“A China, que é o principal destino das exportações da companhia, ainda não conseguiu recuperar o seu rebanho depois da gripe suína que ocorreu em 2019, e cada vez mais vemos uma ‘ocidentalização’ dos costumes por lá, aumentando o consumo de proteína bovina”, destaca.

O head de análise da Dividendos.me reforça que a Minerva tem gerado bastante caixa ao longo dos últimos anos e seu endividamento está controlado, o que permite que ela consiga remunerar seus acionistas via dividendos desde 2020.

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“A tendência é de continuar, uma vez que a geração de caixa não tem indícios de parar e a empresa não demonstrou planos de realizar algum M&A (fusões ou aquisições) ou expansão de sua operação no curto prazo, resultando assim em dividendos ‘gordos’ para seus acionistas”, diz Gentile.

Em relação à BrasilAgro, Gentile afirma que, independente do mercado, a empresa está conseguindo realizar investimentos em suas terras, gerando ganhos consistentes, com uma TIR (taxa interna de retorno) média de 22% ano a ano.

Ele acrescenta que, mesmo tendo um modelo de negócio que requer bastante capital empregado, a BrasilAgro vem entregando um retorno sobre capital de cerca de 20%. Ao longo dos anos, a companhia vem remunerando seu acionista com dividend yield (rendimento do dividendo) médio de 5% ao ano.

Frederico Nobre, que lidera a área de análise da Warren, também tem a BrasilAgro no radar. O especialista destaca a estrutura dos negócios da companhia, que se beneficia da compra e venda de terras e, além de ter “muitas oportunidades de crescimento, paga também bons dividendos”.

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A Warren tem recomendação de compra para a ação da BrasilAgro. Inclusive, o papel está presente na carteira recomendada de dividendos da corretora.

Novidade de boa pagadora de dividendos na Bolsa

taurus
Reajustando toda a parte de fluxo de caixa e endividamento, a Taurus é uma empresa que vai conseguir pagar bons proventos, avalia analista (Imagem: Divulgação)

Uma nova ação está surgindo como boa pagadora de dividendos.

Além de ser a única fabricante de armas listada na Bolsa brasileira, a Taurus (TASA4) recentemente passou por um processo de reestruturação e logo depois entrou em uma fase de crescimento, comenta Nobre.

“Ainda é uma empresa que pode crescer bastante, mas tem menos oportunidades. Reajustando toda a parte de fluxo de caixa e endividamento, é uma empresa que agora vai conseguir pagar bons proventos”, afirma o líder da equipe de análise da Warren.

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De acordo com Nobre, a Taurus deve manter a distribuição de dividendos no mesmo patamar que o de 2021 (dividend yield em torno de 7%) – ou até pagar dividendos mais altos.

Por não ter se consolidado como uma boa pagadora de dividendos ainda, a Taurus não integra a carteira da Warren.

Leonardo Piovesan, analista fundamentalista da Quantzed, afirma que a parte de geração de caixa da Taurus está forte por conta do setor e dos próprios investimentos que realizou para elevar a sua capacidade.

Piovesan destaca que a Taurus passará a ter lucro acumulado para poder pagar dividendos.

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“Até o ano passado, ela tinha prejuízo acumulado no balanço. Ela zerou esse prejuízo”, lembra o especialista.

Outra possibilidade, já levantada pela empresa, é de que ela começasse a pagar dividendos trimestrais.

“Isso tornaria os dividendos mais previsíveis”, afirma Piovesan.

Com Renan Dantas

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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