Economia

Alô, Campos Neto: Brasil poderia crescer mais de 3% este ano se juros estivessem mais baixos, defende Lula

12 dez 2023, 15:05 - atualizado em 12 dez 2023, 15:05
juros
Lula defende que Brasil poderia crescer mais se juros estivessem mais baixos (Imagem: Agência Brasil/Montagem Felipe Alves)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (12) que a economia brasileira vai crescer 3% este ano e avançaria ainda mais se os juros estivessem mais baixos, dando um aceno ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Durante cerimônia de anúncio de investimentos de bancos públicos nos Estados, Lula sinalizou que o país pode crescer tanto em 2024 como em 2023, e afirmou que é preciso “mexer com coração do presidente do Banco Central” para baixar os juros, acrescentando que os governadores podem ajudar nessa tentativa.

Nesta semana, acontece a “Super Quarta”, reunindo a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deste ano, que decidem o futuro dos juros no Brasil e nos Estados Unidos.

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Selic em 11,75%: Taxa de juros pode ir para o menor patamar em quase dois anos

A expectativa do mercado é de que o Banco Central mantenha o seu ritmo de cortes na Selic, de 0,50 ponto porcentual. Se o reajuste se confirmar, a taxa básica de juros encerra o ano de 2023 no patamar de 11,75%.

Além disso, caso o corte aconteça, a Selic voltará para o mesmo patamar que estava em março de 2022.

Nesses últimos 21 meses, a trajetória da Selic foi emocionante: a autoridade monetária elevou a taxa de juros em mais 2 pontos percentuais, mantendo-a em 13,75% por um ano, até que, em agosto, iniciou-se o ciclo de flexibilização.

No entanto, a dúvida agora é até quando a autoridade deve manter esse ritmo de afrouxamento monetário. Vale lembrar que, desde que iniciou os cortes nos juros, o Banco Central já realizou três reajustes de 0,50 ponto percentual.

“Com relação aos próximos passos, os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, destacou a última ata do Copom, divulgada no mês passado.

* Com Juliana Américo e Reuters

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.