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Alpargatas (ALPA4) despenca 13% após balanço do 2T22; XP ainda recomenda compra das ações

05 ago 2022, 17:30 - atualizado em 05 ago 2022, 17:38
Alpargatas
Alpargatas despenca 13,45% após balanço do 2T22 (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

A Alpargatas (ALPA4) liderou as quedas do Ibovespa nesta sexta-feira (5), ao despencar 13,54%, valendo R$ 19,35, após divulgação do balanço do segundo trimestre de 2022.

Na mínima do dia, as ações da dona da marca Havaianas atingiram o patamar dos R$ 18,96.

Na visão da XP Investimentos, a Alpargatas divulgou “resultados mistos” entre abril e junho, levemente acima das expectativas.

Danniela Eiger, chefe de varejo, e a equipe de analistas da XP destacam o sólido aumento de preço/mix e a recuperação sequencial de margem da companhia, mas lembram dos volumes pressionados e efeito cambial negativo nos resultados.

A corretora mantém a recomendação de compra para ALPA4, e preço-alvo de R$ 28 por ação.

Resultados mistos

A XP afirma que a receita líquida da Alpargatas ficou estável na comparação anual, embora tenha apresentado alta de 9% em moeda constante.

Quanto à rentabilidade, os analistas destacam que a margem bruta teve uma recuperação importante nas operações nacionais e internacionais em relação ao trimestre anterior. O Brasil surpreendeu positivamente, fechando o trimestre com um preço por par mais alto, embora ainda pressionado, dado que a inflação de custos continua sendo um desafio.

Já o Ebitda consolidado foi de R$ 178 milhões, com queda de 17% ante o mesmo período de 2021. A XP ressalta que o crescimento do Ebitda do Brasil — de 63% — foi suficiente para compensar a redução do Ebitda das operações internacionais — queda de 45,5% —, fruto da desalavancagem operacional e dos maiores custos com distribuição.

As operações da marca de calçados sustentáveis Rothy’s registraram “forte evolução”, avaliam, com vendas líquidas de US$ 59 milhões — avanço anual de 82% —, e um Ebitda negativo de US$ 6 milhões — ante US$ 9 milhões no primeiro trimestre.

No entanto, os analistas reforçam que a equivalência patrimonial foi mais negativa, dada a amortização da mais-valia resultante da aquisição da companhia. O lucro líquido consolidado ficou em R$ 64 milhões, recuo de 40%.

“Vale destacar que, para os próximos trimestres, a ALPA implementou mais um aumento de preços que deve ser refletido integralmente a partir de julho de 22, o que deve contribuir para a recuperação das margens, enquanto o lançamento de slides na Europa e EUA em Jun-Jul/22 deve ser um vento a favor dos volumes na operação internacional”, avaliam os analistas.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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