Combustíveis

Alta na gasolina? Preço do combustível está mais baixo no Brasil e pode abrir espaço para reajustes

01 nov 2023, 10:32 - atualizado em 01 nov 2023, 10:32
gasolina combustíveis petrobras
Combustíveis: Nas refinarias da Petrobras, a defasagem da gasolina está em 3%, enquanto o diesel está em 5%. (Imagem: Getty Images Signature)

No mês passado, a Petrobras (PETR4) reduziu em R$ 0,12 o preço médio de venda do litro de gasolina A para as distribuidoras. Com isso, o preço do combustível passou para R$ 2,81 por litro. Já o diesel foi ajustado para cima em R$ 0,25, passando para R$ 4,05 por litro.

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No entanto, desde o dia 16 de outubro, os combustíveis vêm registrando defasagem nos preços. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), as principais refinarias do país apresentam preços do diesel 4% menor que no mercado internacional; a gasolina está 3%.

Já as refinarias da Petrobras, a defasagem da gasolina também está em 3%, enquanto o diesel está em 5%.

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Como está o mercado internacional de combustíveis?

Segundo a Abicom, com a ligeira valorização no câmbio e a estabilidade nos preços de referência do óleo diesel e da gasolina no mercado internacional no fechamento da terça-feira (31), o cenário médio de preços está abaixo da paridade para ambos os combustíveis.

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Vale destacar que oferta apertada de petróleo segue pressionando os preços futuros. No entanto, a commodity vem dando uma trégua após a alta logo no início da guerra entre Israel e Hamas.

Ontem, os preços voltaram ao patamar anterior ao conflito, com a expectativa de que a guerra não deve se espalhar pelo Oriente Médio. O tipo brent, que é referência internacional, fechou em queda de 1,54%, a US$ 85,02 por barril.

Petrobras vai reajustar o preço da gasolina?

A princípio, a Petrobras não deve mexer nos preços dos combustíveis. Isso porque a estatal reajustou os valores há 10 dias e a tendência é que mudanças desse tipo levem algumas semanas, principalmente quando o assunto é alta nos preços.

Vale lembrar que, desde maio, a Petrobras não usa mais a política de preço de paridade de importação (conhecida como PPI).

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A nova estratégia comercial usa referências de mercado como: o custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação, e o valor marginal para a Petrobras.

“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, dizia o comunicado da empresa na época. “Já o valor marginal para a Petrobras é baseado no custo de oportunidade dada as diversas alternativas para a companhia, dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino.”

Com isso, os reajustes continuarão sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.