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Altas de até 884%: As ações que deixaram o CDI no chinelo durante o governo Lula

15 dez 2025, 17:04 - atualizado em 15 dez 2025, 18:54
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O estudo destaca ainda que do ponto de vista setorial, não houve concentração excessiva (Imagem: Freepik/ Montagem: Julia Shikota)

Se o ambiente de alta de juros deixa a renda variável menos atrativa, não contaram para essas empresas. Levantamento da Elos Ayta mostrou quais ações bateram o CDI nos três primeiros anos do governo Lula — e foram pelo menos 17.

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A maior alta foi da Aura Minerals (AURA33), mineradora que virou a chavinha e já dispara mais de 800%. Além da mudança operacional, a companhia também se beneficia da disparada do ouro, em meio às tenções geopolíticas.

A título de comparação, em 2023, o CDI acumulou alta de 13,04%. Em 2024, avançou mais 10,88%. Já em 2025, até 12 de dezembro, soma valorização de 13,57%. No agregado dos três anos, o ganho chega a 42,34%.

O recorte considerou apenas papéis com volume financeiro médio diário superior a R$ 1 milhão em 2025, até 12 de dezembro, garantindo liquidez mínima às análises.

Na sequência da Aura, o Banco Pine (PINE4) registrou alta de 839,80%, enquanto a Embraer (EMBR3) completou o pódio, com ganho acumulado de 513,29%.

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O levantamento mostra ainda que 16 das 17 ações tiveram valorização superior a 100% no período. Apenas a 3tentos (TTEN3), do setor de agricultura, ficou abaixo dessa marca, ainda assim com retorno acumulado de 91,03%, mais que o dobro do CDI no mesmo intervalo.

O estudo destaca ainda que do ponto de vista setorial, não houve concentração excessiva. Quatro segmentos aparecem com duas empresas cada: água e saneamento, bancos, material rodoviário e seguradoras.

Outros nove setores figuram com apenas uma representante, reforçando a diversidade dos casos que conseguiram superar a renda fixa no período.

Veja tabela:

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Empresa Código Setor Vol. médio diário 2025 (R$ mil) 2023 (%) 2024 (%) 2025 (%) Retorno Gov. Lula até 12/12/25 (%)
Aura 360 AURA33 Minerais metálicos 20.934 23,33 126,95 251,62 884,15
Pine PINE4 Bancos 1.730 183,72 17,61 181,64 839,80
Embraer EMBJ3 Material aeronáutico e defesa 415.507 56,46 150,96 56,19 513,29
Syn Prop Tec SYNE3 Exploração de imóveis 4.043 15,42 182,79 56,19 409,80
Marcopolo POMO3 Material rodoviário 3.015 154,33 32,49 27,87 330,88
Direcional DIRR3 Incorporações 69.893 46,62 27,55 118,90 309,39
Copasa CSMG3 Água e saneamento 64.644 53,10 15,52 120,95 290,79
Profarma PFRM3 Medicamentos e outros produtos 1.674 69,84 15,94 45,57 186,64
Allied ALLD3 Eletrodomésticos 1.314 42,75 20,63 61,96 178,88
Banco BMG BMGB4 Bancos 1.937 67,09 25,62 32,11 177,29
Fras-Le FRAS3 Material rodoviário 9.991 82,67 24,59 19,02 170,89
Tegma TGMA3 Transporte rodoviário 8.155 57,61 11,87 48,61 162,04
Sabesp SBSP3 Água e saneamento 352.493 35,61 19,51 59,82 159,01
Caixa Seguri CXSE3 Seguradoras 65.128 70,21 18,51 25,36 152,87
Priner PRNR3 Serviços diversos 5.584 74,63 15,26 24,55 150,68
Porto Seguro PSSA3 Seguradoras 97.716 30,50 31,61 43,19 145,94
3tentos TTEN3 Agricultura 19.485 30,43 15,49 26,82 91,03
CDI 13,04 10,88 13,57 42,34

 

 

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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